O governo resolveu abrir o caixa para apressar as obras de geração de energia e vai autorizar o financiamento extraordinário do BNDES para antecipação das turbinas da Usina de Tucuruí (PA). Um acordo fechado hoje entre a Eletronorte, Eletrobrás e o Ministério das Minas e Energia assegurou que o BNDES financie R$ 700 milhões para antecipação de novas 11 turbinas de Tucuruí. O financiamento poderá ser autorizado por uma resolução da Câmara de Gestão da Crise de Energia, segundo informou o presidente da Eletrobrás, Cláuido Ávila.
Com a liberação dos recursos, a primeira turbina será antecipada de maio de 2003 para novembro de 2002. Cada unidade tem capacidade para gerar 375 Megawatts. Até 2005, a usina dobrará sua capacidade passando de 4 mil para 8 mil Megawatts.
O investimento total da obra é de R$ 2,1 bilhões. O restante dos recursos virão da Eletrobrás (R$ 700 milhões) e da emissão de debêntures (R$ 700 milhões) que ainda dependem da aprovação do Senado.
Com a crise energética, a Eletrobrás conseguiu uma suplementação orçamentária de R$ 1,3 bilhão. Com o reforço, a estatal terá em caixa R$ 4,4 bilhões. Para 2002, os recursos adicionais serão de R$ 800 milhões, num total de R$ 5 bilhões para investimentos em geração e linhas de transmissão.