Crise na Califórnia é culturalmente diferente
Terça, 17 de julho de 2001, 18h46
A principal diferença entre a crise energética do Brasil e da Califórnia (Estados Unidos) é que, ao contrário do que ocorreu no País, a população da cidade norte-americana não apoiou as medidas do governo. A avaliação é do vice-presidente da Lehman Brothers, Charles Barnett. “Na Califórnia, as pessoas só reclamam, não querem colaborar com a crise. Esse contraste com a boa resposta dos brasileiros talvez mostre uma diferença cultural em situação de crise”, afirmou Barnett, em encontro de executivos estrangeiros para avaliar o impacto da crise. Ele disse ainda que, no lugar do racionamento, a cidade norte-americana enfrenta apagões não-programados. Além disso, “lá a crise não é como no Brasil, onde há uma escassez de água nos reservatórios, mas uma crise de demanda na hora de pico do consumo”. A semelhança entre as duas situações, destacada por Barnett, é o desequilíbrio entre oferta de energia e demanda - com um crescimento inesperado desta última nos dois casos. “Apesar da situação ser diferente, a causa do problema é a mesma”, afirmou.
Fonte : InvestNews - Gazeta Mercantil
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