Prefeitos paulistas querem mais iluminação, mesmo com racionamento
Segunda, 02 de julho de 2001, 19h36
Uma comitiva de prefeitos da Grande São Paulo vai nesta terça-feira a Brasília discutir a resolução número 1 da Câmara de Gestão da Crise de Energia., que determina às concessionárias "reduzir o fornecimento de eletricidade para o atendimento de carga da iluminação pública em pelo menos 35% até 30 de junho de 2001, observando condições aceitáveis da segurança da população". Segundo os prefeitos, a pouca iluminação pública pode ter como conseqüência o aumento da criminalidade. A comitiva será chefiada pelo prefeito de Guarulhos, Helói Pietá.
O grupo cita um estudo feito na Inglaterra para afirmar a relação entre a falta de iluminação e o crescimento da criminalidade. Segundo o estudo, realizado durante a crise do Petróleo em 1974, "quando a iluminação pública foi reduzida em 50% em áreas urbanas, houve aumento de 100% nos indicadores de furtos e 50% nos índices de criminalidade”.
Antes de se reunir com a CGE, o grupo enviou uma carta ao presidente Fernando Henrique Cardoso explicando que "o resultado dessa economia a ser proporcionado em escala nacional seria pouco superior a 1%, valor passível de ser compensado com esforços a serem empreendidos em outras áreas de utilização".