Os consumidores residenciais vão sofrer com mais uma medida, que será anunciada pela Câmara de Gestão da Crise de Energia. A resolução 19 autoriza as distribuidoras a reduzirem em até 5% o nível de tensão da energia distribuída. As residências serão as mais prejudicadas, porque a baixa tensão atinge principalmente os equipamentos que utilizam resistência, como chuveiro elétrico, ferro de passar, secador de cabelo, entre outros. O lado positivo da medida é que ela acarretará uma redução na conta de energia de até 2%. Estes equipamentos representam cerca de 80% do consumo doméstico. Segundo o coordenador do Corte de Carga da Câmara de Gestão, Celso Cerchiari, os efeitos serão mínimos e o consumidor não notará a diferença. "Ela será tão pequena que o consumidor não irá perceber", afirmou. Cerchiari garantiu ainda que não há risco de queima dos aparelhos com a diminuição da tensão.
As distribuidoras têm prazo de 30 dias para se adequarem à medida, que vai vigorar durante o plano de racionamento. A queda na tensão resultará numa economia de 2% no consumo de energia e 1% no nível dos reservatórios. Segundo os técnicos da Câmara de Gestão, a queda na tensão só foi possível agora, sem causar prejuízos, porque houve um acréscimo de tensão no sistema com a queda no consumo nos últimos dias.
Nos equipamentos com potência de 110 volts, a tensão pode variar entre 109 e 135 volts, de acordo com a legislação do setor. No caso de 220 volts, a variação pode ocorrer entre 189 e 233 volts. A queda de tensão adotada pelo governo hoje estará dentro destes limites. Caso algum equipamento sofra danos com a queda na tensão, o consumidor deve procurar a distribuidora e entrar com pedido de ressarcimento.
Tranquilidade - Os consumidores residenciais dos estados atingidos pelo racionamento de energia não devem temer prejuízos com a mudança na tensão energética determinada hoje pela Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE). Segundo o coordenador do Programa de Corte de Cargas, Celso Sebastião Cerchiari, a medida vai causar uma redução imperceptível no desempenho dos equipamentos de carga resistiva, o que descarta a possibilidade de aparelhos como secadores de cabelo, chuveiros elétricos ou lâmpadas incandescentes sejam danificados com a mudança de tensão.
Cerchiari. Ele explicou que o consumidor não terá que adotar nenhuma nova medida para adaptar os equipamentos domésticos à nova tensão. Nas residências, cerca de 80% dos aparelhos são de origem resistiva, ou seja dispõem de uma resitência elétrica. Já nas indústrias, esse percentual cai para menos de 50%, uma vez que seus equipamentos são, em sua maioria, de origem indutiva.