Alta do preço de energia não foi repassada para o consumidor americano
Quarta, 20 de junho de 2001, 20h16
A forte alta dos preços da energia nos Estados Unidos não foi repassada para os consumidores mas afeta a margem de lucro das empresas, declarou esta quarta-feira o presidente do banco central americano (Reserva Federal), Alan Greenspan. A inflação subjacente, que exclui elementos voláteis como os preços da energia, se manteve "relativamente estável", considerou, frente a comissão bancária do Senado.
Greenspan destacou a importância primordial que, segundo ele, tem a estabilidade dos preços para um crescimento econômico durável. "Precisamos ficar muito atentos para qualquer sinal de instabilidade inflacionária, porque a história já nos ensinou que as economias mais eficientes e as mais produtivas são as que têm preços estáveis", declarou.
"Esperamos ser capazes de combater, com suficiente antecipação, qualquer surgimento de forças inflacionárias", frisou. Greenspan também considerou que o aumento das demissões por enquanto não teve um efeito significativo sobre o comportamento dos consumidores, ainda que a medida afete a medida da confiança dos consumidores.
O presidente do Fed também considerou que a baixa da produtividade do trabalho no setor manufatureiro constatada no primeiro trimestre deste ano era temporária, e que o movimento se inverterá no segundo trimestre.