O líder do Movimento dos Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, não poupou críticas ao plano de racionamento de energia elétrica proposto pelo presidente da República Fernando Henrique Cardoso e, para não ser demagógico, apresentou sua versão para o racionamento. "Se é mesmo para diminuir o consumo, o governo deveria estabelecer cotas pessoais, ou seja, cada pessoa poderia gastar até 50 kWh. Numa família de seis pessoas, a meta seria 300 kWh", disse.
Para Stédile, o plano de racionamento não é democrático e sua causa é conseqüência do processo de privatização equivocado que o governo está realizando, buscando os lucros e não prevendo as causas. "O apagão tem que ocorrer no Planalto", ironizou.
Ele ainda destacou que 80% da produção da Hidrelétrica de Tucuruí, em Pará, é direcionada para o consumo de uma indústria de alumínio canadense, instalada próximo ao local.