Abraceel defende manutenção de teto do preço de energia no MAE
Sexta, 25 de maio de 2001, 17h41
O presidente da Associação Brasileira dos Agentes Comercializadores de Energia Elétrica (Abraceel), Luiz Theodoro Maurer, defende a manutenção do teto do preço da energia no Mercado Atacadista de Energia (MAE), estipulado em R$ 684 por MWh. Uma mudança na regulamentação neste momento de crise pode criar instabilidade entre vendedores e compradores do insumo, segundo ele.A opinião vai contra a idéia da própria Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que colocou à disposição do mercado estudo macroeconômico indicando a possibilidade de a tarifa máxima no MAE atingir R$ 2,3 mil. Pelo estudo, a reguladora sugere que o teto fixado em R$ 684 não reflete a realidade do mercado. A premissa se baseia na relação entre Produto Interno Bruto (PIB) e com o consumo de energia, mostrando que, à medida que a demanda de eletricidade cresce, a riqueza do País se eleva na mesma proporção. Ou seja, a Aneel mostra que o insumo tem mais valor do que está sendo cotado atualmente. Hoje a energia é vendida a R$ 460 no MAE, mas especialistas avaliam que, assim que o racionamento vigorar, a partir de junho, esse valor chegará a seu teto. Para Maurer, muitas empresas estariam dispostas a pagar "até o dobro do teto do MAE fixado pela Aneel para não reduzirem produção". Entretanto, ressalva ele, a maioria delas não teria condições financeiras de arcar com um custo tão elevado, que poderia causar distorções no mercado.
Fonte : Investnews - Gazeta Mercantil
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