CNA quer tratamento diferenciado durante racionamento de energia
Sexta, 25 de maio de 2001, 13h51
A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) pretende defender junto ao governo - que impôs ao setor rural uma economia de 10% da média do consumo de energia dos meses de maio, junho e julho do ano passado - que o setor tenha um tratamento diferenciado no programa de racionamento de energia, principalmente avicultura, leite, suinocultura e atividades que utilizem irrigação.A intenção da entidade é juntar forças ao Ministério da Agricultura para tentar junto à Câmara de Gestão da Crise de Energia um tratamento diferenciado para os setores considerados essenciais. Na avaliação do presidente da CNA, Antônio Ernesto de Salvo, em atividades como a avicultura, por exemplo, há o risco de perda total na produção. "Uma redução na temperatura de uma chocadeira, por exemplo, significa a morte dos pintinhos de um dia. Os setores mais modernos da agricultura, os mais produtivos, serão os mais prejudicados", explica. Segundo levantamento da CNA, as áreas rurais são responsáveis por apenas 4% da energia consumida no País. Com os prejuízos que alguns setores podem ter com a redução de 10% nos gastos, há o risco de que a economia traga mais prejuízos do que benefícios à sociedade. "É preciso haver cuidado para que a economia não acabe prejudicando o consumidor, pela falta de produto em sua mesa", analisa De Salvo.
Fonte : Investnews - Gazeta Mercantil
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