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Após festa de recepção, Leila reafirma o adeus
Terça-feira, 03 Outubro de 2000, 01h27

Belo Horizonte - Mesmo sem conseguir trazer o sonhado ouro para casa, as jogadoras da seleção brasileira de vôlei retornaram ao Brasil com o sentimento de dever cumprido.

Em Belo Horizonte, Leila, Érika, Kely e Walewska foram recebidas por familiares e amigos com festa no aeroporto de Confins, por volta das 23 horas de domingo, dois dias após a conquista da medalha de bronze, com a vitória por 3 sets a 0 sobre as norte-americanas. Na recepção às atletas, além da comemoração pela campanha nos Jogos Olímpicos de Sydney, não faltou nem mesmo bolo de aniversário.

O “Parabéns para Você" não só foi entoado para a atacante de meio Waleska, que completou 21 anos no domingo, mas também para Leila, 29 anos, que aniversariou na sexta, e para Kely, que faz 26 anos nesta terça-feira. “É uma comemoração dupla. A medalha de bronze não é só o meu primeiro presente de aniversário, como o maior presente de minha vida. Lutei muito para chegar na Seleção e conquistar um lugar. A Olimpíada era um sonho que consegui realizar", anima-se a meio-de-rede Kely.

A comemoração pelo bronze, que começou após a partida contra o Estados Unidos, vencida pelas brasileiras por 3 sets a 0, e prosseguiu no avião, deve dar lugar agora a um merecido descanso. “Foram 60 dias fora do país. A única coisa que penso mesmo agora é em dormir", afirma Walewska, que, ressentindo-se pela mudança de fuso horário, não conseguiu dormir na noite de domingo para segunda. Kely também passou a madrugada em claro e Leila teve melhor sorte, dormindo pouco mais de quatro horas.

“Marinheira de milésima viagem", como se intitula, a atacante Leila observa que já “é macaca velha" em se tratando de competições no exterior. “Ainda estou meio zureta, mas já estou mais acostumada", explica a veterana, uma das três jogadoras do grupo, ao lado de Virna e Fofão, que participou da Olímpiada anterior, em Atlanta.

Em Belo Horizonte, Leila vem recebendo manifestações de carinho por onde passa. “Isso é o mais legal de tudo. O esporte não fica, mas a lembrança sim", assevera.

As jogadoras ganharam um período de sete a dez dias de descanso e, em seguida, retornarão aos seus clubes. Kely seguirá para São Bernardo e ajudará o MRV/Minas na segunda fase do Campeonato Paulista. Leila, do Flamengo, Walewska e Érica, ambas do Rexona, participarão do Campeonato Carioca.

“Em matéria de seleção, este ano acabou. Agora vou voltar a cabeça para o meu time, que agora terá o reforço de várias três jogadoras, com Karin e Fofão, que são peças fundamentais, e eu", avisa Kely.

Musa-atacante confirma fim da carreira na seleção

A medalha de bronze em Sydney é a última conquista de Leila com a camisa da Seleção Brasileira. A jogadora, que está há quase dez anos na equipe, resolveu aposentar-se da Seleção e abrir espaço para as atletas jovens que estão surgindo. “Tudo o que pude dar para a Seleção, já dei. Estou muito desgastada, pois dediquei muitos anos exclusivamente ao voleibol. Agora quero cuidar da minha família e viver um pouquinho."

Leila pretende cumprir seu contrato no Flamengo até o final da temporada 2001/2002, parando de jogar logo em seguida. “Quero engravidar. Muitas pessoas anunciaram que eu iria parar agora, mas vou ficar mais um ano. A seleção está passando por um processo de renovação e é importante que apareça novos valores. Vou estar abrindo uma vaga para as jogadoras novas", afirma, que pretende trabalhar com estética.

“Vou sentir muitas saudades, com certeza. Sem qualquer demagogia ou por causa da grana, digo que foi um grande prazer defender a Seleção. Nesta Olimpíada, tivemos um grupo fantástico, maravilhoso, em que prevaleceu o companheirismo", ressalta. Para a jogadora canhota, que colheu vários fãs pelo mundo, a medalha de bronze coroou um ciclo da Seleção. “Fico feliz por sair e ter contribuído para o crescimento da equipe."

As jogadoras são unânimes ao ressaltarem a garra do grupo e que, se a medalha de ouro escapou, foi por causa da superioridade técnica de Cuba, que venceu as brasileiras em dramáticos 3 sets a 2, repetindo a semifinal (e a derrota) de Atlanta. “As pessoas não acreditavam na gente, por ser um grupo muito jovem, mas conseguimos manter a mesma classificação do Brasil na Olimpíada de Atlanta", destaca Kely.

“Cuba nos parou outra vez, mas a medalha de ouro ficou bem mais à mão. Se escapou, foi por causa da ansiedade. Faltou experiência as mais novas e as velhas sentiram o peso da responsabilidade", avalia Leila. Walewska, que estreou em Olimpíada, concorda. “Apesar de ter sabido como lidar com a inexperiência, não tem como não sentir. São coisas que certamente serão ajustadas na próxima, em Atenas".

Sem incentivo

Leila e Walewska explicam a fraca campanha do Brasil nos Jogos como um reflexo da falta de investimento do governo e dos empresários no esporte. “No Brasil, não há incentivo nenhum. Conhecemos judocas que eram policiais e advogados e que estavam ali por amor, pois nada ganham pelo o fazem no esporte. Isso é um ato de heroísmo. É preciso investir nas categorias de base e na formação de atletas", analisa Leila.

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