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Graja Groove: Coletivo de DJs agita bailes nas lajes do Grajaú

Grupo de DJs, MCs e dançarinos nasceu com o objetivo de fortalecer o cenário da música negra brasileira através de discotecagens periféricas

2 dez 2022 - 05h00
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Integrantes do Graja Groove e artistas da região numa noite de baile
Integrantes do Graja Groove e artistas da região numa noite de baile
Foto: Digjoy/Reprodução

Em 2010, a partir de encontros de pesquisadores de música em vinil e DJs, nasce o coletivo Graja Groove, no Grajaú, zona sul de São Paulo. O conceito do grupo, formado por DJs, MCs, dançarinos, grafiteiros e educadores, é promover bailes com discotecagem dentro da quebrada para desmistificar a ideia de que esse tipo de rolê só acontece próximo ao centro da cidade. 

“O baile tomou uma proporção tão grande que era o ‘point’ aqui no Grajaú. Se você quer sair para dançar, curtir e ouvir música boa, você encontra no Graja Groove”, afirma Felipe Berni, 26, dançarino e integrante do coletivo. Entre os locais onde as festas ocorrem, estão as lajes das residências dos membros. 

O grupo é composto dentro dos pilares do hip hop, acolhendo as danças urbanas e negras dentro das diversidades de gêneros musicais, como o funk, o R&B e o jazz. Também tem o propósito de fortalecer a música negra brasileira através da valorização dos discos de vinil. 

Tigone Moraes e Felipe Berni na laje da Casa Emancipa
Tigone Moraes e Felipe Berni na laje da Casa Emancipa
Foto: Aline Almeida/Agência Mural

Segundo o assistente social Tigone Moraes, 31, um dos fundadores do coletivo, esse trabalho se deu pela conexão entre os artistas da região, afinal, todos têm algo em comum: fazer cultura. “Cada um ajudava como podia: com pesquisa musical, estrutura de som, globo de festa e até mesmo o espaço para fazer os bailes”, conta. 

“Como tínhamos poucos recursos, não dava para remunerar, fazíamos pela cultura mesmo”, complementa. 

E mesmo em um cenário pandêmico – a partir de 2020, durante as restrições da Covid-19 –, a equipe permaneceu em atividade. Moraes relembra que, mesmo à distância, eles faziam o baile de forma virtual e realizavam oficinas online de dança. “Era uma maneira de tirar a tensão causada pelo momento de isolamento”, diz. 

O coletivo valoriza os discos de vinil e busca fortalecer a música negra brasileira
O coletivo valoriza os discos de vinil e busca fortalecer a música negra brasileira
Foto: Digjoy/Reprodução

Desde o início do ano, o Graja Groove conta com um espaço fixo para fazer os encontros de discotecagem: a Casa Emancipa, localizada na rua Elísia Gonçalves Barcelos, nº 26, no bairro Jardim Reimberg. “Pretendemos fazer o próximo baile de final de ano no dia 10 de dezembro”, conta o assistente social. 

De acordo com ele, o coletivo está “voltando a pegar forma novamente”, após o período de pandemia, e muitos artistas da região aproveitam o baile para divulgar projetos. “Precisamos cada vez mais trazer conhecimento, as pessoas chegam ao baile, compartilham saberes e aproveitam para divulgar trabalhos e se conectar uns aos outros”, conclui. 

Para consultar a agenda de eventos, acesse o perfil do Graja Groove no Instagram

Agência Mural
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