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Sexo pode retardar avanço de Parkinson, revela estudo

Sintomas da doença degenerativa, como incapacidade motora, progrediram menos entre os participantes que tinham uma vida sexual ativa; entenda

9 ago 2019 - 11h41
(atualizado às 15h02)
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Consegue imaginar como a vida sexual pode ter relação com o Parkinson? Uma pesquisa europeia descobriu que o sexo pode influenciar positivamente quem tem a doença ainda no estágio inicial.  

O estudo da Academia Europeia de Neurologia (EAN) concluiu que a prática sexual regular pode ajudar a retardar o progresso da doença de Parkinson. A doença degenerativa, que pode deixar a pessoa inválida e levar à morte, já atinge mais de 200 mil pessoas no Brasil.

Segundo os pesquisadores, os homens que praticavam atividade sexual exibiam incapacidade motora menos severa, uma progressão "mais branda" da doença e melhor qualidade de vida geral do que os que não o faziam. 

 "Melhorar a função sexual aumenta o prazer, a comunicação e a satisfação entre casais, aumenta a intimidade nas relações e reduz o estresse e os sintomas de Parkinson", explicou o Dr. Ramirez-Zamora, da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, ao site WebMD. 

O estudo

Com a duração de 2 anos, o estudo acompanhou os hábitos sexuais e a progressão da doença em 355 pessoas (238 homens e 117 mulheres). As mulheres não tiveram o mesmo resultado de melhora, mas ainda não se sabe o motivo. 

Por isso, ainda é necessário realizar mais pesquisas sobre essa relação. Isso porque o tratamento padrão realizado para amenizar a doença pode ter sido outro fator influenciador da melhora da qualidade de vida. 

Ainda assim, as descobertas podem auxiliar muito os especialistas em distúrbios do movimento, uma vez que o histórico sexual do paciente diagnosticado com Parkinson funciona como uma ferramenta para prever ou até influenciar a progressão da doença.

Foto: Photographee.eu/Shutterstock
Foto: Photographee.eu/Shutterstock
Foto: Getty Images / Minha Vida

Estágio inicial do Parkinson

Os participantes do estudo tinham cerca de 57 anos quando foram diagnosticados pela primeira vez com Parkinson. E no inícios da análise, todos foram classificados com doença "em estágio inicial". 

Eles foram submetidos a testes de incapacidade de habilidades motoras e exames de saúde mental. Depois foram avaliados em relação aos; hábitos de sono; sentimentos de fadiga, dor ou apatia; estômago e estado urinário; habilidades de atenção e memória; alterações do peso corporal e condição respiratória. 

Ao mesmo tempo, quase metade dos homens queixaram-se de disfunção erétil e problemas de orgasmo, e a atividade sexual caiu um pouco para todos durante os dois anos de acompanhamento.

Parkinson é uma doença que afeta o sistema neurológico e é mais comum na terceira idade, conhecida pelos tremores e dificuldades de caminhar. Também não há cura conhecida e os sintomas podem ser difíceis de tratar.

Sintomas da doença

Por ser neurodegenerativa, pode ser muito debilitante, apresentando sintomas como:

  • tremores incontroláveis
  • dificuldade para andar
  • rigidez e inclinação
  • tontura
  • problemas de equilíbrio e lentidão.

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