Sexo pode retardar avanço de Parkinson, revela estudo
Sintomas da doença degenerativa, como incapacidade motora, progrediram menos entre os participantes que tinham uma vida sexual ativa; entenda
Consegue imaginar como a vida sexual pode ter relação com o Parkinson? Uma pesquisa europeia descobriu que o sexo pode influenciar positivamente quem tem a doença ainda no estágio inicial.
O estudo da Academia Europeia de Neurologia (EAN) concluiu que a prática sexual regular pode ajudar a retardar o progresso da doença de Parkinson. A doença degenerativa, que pode deixar a pessoa inválida e levar à morte, já atinge mais de 200 mil pessoas no Brasil.
Segundo os pesquisadores, os homens que praticavam atividade sexual exibiam incapacidade motora menos severa, uma progressão "mais branda" da doença e melhor qualidade de vida geral do que os que não o faziam.
"Melhorar a função sexual aumenta o prazer, a comunicação e a satisfação entre casais, aumenta a intimidade nas relações e reduz o estresse e os sintomas de Parkinson", explicou o Dr. Ramirez-Zamora, da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, ao site WebMD.
O estudo
Com a duração de 2 anos, o estudo acompanhou os hábitos sexuais e a progressão da doença em 355 pessoas (238 homens e 117 mulheres). As mulheres não tiveram o mesmo resultado de melhora, mas ainda não se sabe o motivo.
Por isso, ainda é necessário realizar mais pesquisas sobre essa relação. Isso porque o tratamento padrão realizado para amenizar a doença pode ter sido outro fator influenciador da melhora da qualidade de vida.
Ainda assim, as descobertas podem auxiliar muito os especialistas em distúrbios do movimento, uma vez que o histórico sexual do paciente diagnosticado com Parkinson funciona como uma ferramenta para prever ou até influenciar a progressão da doença.
Estágio inicial do Parkinson
Os participantes do estudo tinham cerca de 57 anos quando foram diagnosticados pela primeira vez com Parkinson. E no inícios da análise, todos foram classificados com doença "em estágio inicial".
Eles foram submetidos a testes de incapacidade de habilidades motoras e exames de saúde mental. Depois foram avaliados em relação aos; hábitos de sono; sentimentos de fadiga, dor ou apatia; estômago e estado urinário; habilidades de atenção e memória; alterações do peso corporal e condição respiratória.
Ao mesmo tempo, quase metade dos homens queixaram-se de disfunção erétil e problemas de orgasmo, e a atividade sexual caiu um pouco para todos durante os dois anos de acompanhamento.
Parkinson é uma doença que afeta o sistema neurológico e é mais comum na terceira idade, conhecida pelos tremores e dificuldades de caminhar. Também não há cura conhecida e os sintomas podem ser difíceis de tratar.
Sintomas da doença
Por ser neurodegenerativa, pode ser muito debilitante, apresentando sintomas como:
- tremores incontroláveis
- dificuldade para andar
- rigidez e inclinação
- tontura
- problemas de equilíbrio e lentidão.