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Será que você realmente precisa de oito horas de sono?

Descubra por que Harvard explica que dormir oito horas pode ser mito: o sono ideal para adultos saudáveis gira em torno de sete horas

27 nov 2025 - 06h33
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Durante décadas, muito se discutiu sobre o número ideal de horas de sono para a saúde dos adultos. Estudos recentes conduzidos por pesquisadores de Harvard têm contribuído para desvendar mitos antigos, especialmente a crença de que dormir oito horas por noite é uma necessidade biológica rígida. Diversas pesquisas analisadas por biólogos evolutivos e cientistas do sono apontam para uma visão mais flexível e baseada em evidências sobre a quantidade certa de sono para pessoas adultas em 2025.

De acordo com resultados observados em comunidades sem acesso à eletricidade e grandes bancos de dados epidemiológicos, a maior parte dos adultos apresenta melhor saúde dormindo cerca de sete horas por noite. Essa quantidade, considerada um novo padrão de referência, contraria a famosa "regra das oito horas" difundida desde a Revolução Industrial. O menor risco de doenças e mortalidade ocorre, em média, próximo às sete horas de sono, deixando para trás a ideia de um número mágico ou único para todas as pessoas.

dormir – depositphotos.com / Milkos
dormir – depositphotos.com / Milkos
Foto: Giro 10

Por que a recomendação de 8 horas de sono persiste até hoje?

A origem do mito das oito horas está relacionada ao contexto histórico e social. Durante a Revolução Industrial, práticas e rotinas passaram a ser padronizadas conforme as exigências de produtividade e organização social, consolidando a recomendação genérica de oito horas de sono. Com o tempo, esta orientação ganhou força cultural, mesmo sem amparo em evidências científicas.

Pesquisadores como o biólogo evolutivo Daniel E. Lieberman destacam que padrões de sono naturais, observados em populações tradicionais sem luz artificial, indicam rotinas de seis a sete horas por noite. Esses achados reforçam que a necessidade individual de descanso pode variar, influenciada por fatores como idade, sono e condições de saúde.

dormir – depositphotos.com / diy13@ya.ru
dormir – depositphotos.com / diy13@ya.ru
Foto: Giro 10

Qual a quantidade de sono realmente recomendada atualmente?

Assim, as principais organizações internacionais de saúde, como a Academia Americana de Medicina do Sono e a Sociedade de Pesquisa em Sono, orientam que adultos mantenham pelo menos sete horas de sono por noite. Portanto, não existe uma exigência inflexível de oito horas. Esse intervalo deve ser ajustado conforme características pessoais, presença de doenças, histórico de sono e outras necessidades específicas.

Além do número de horas, especialistas destacam a importância da consistência e da qualidade do sono. Dormir o mesmo tempo todas as noites, adotar bons hábitos ao dormir e considerar o envelhecimento, que altera padrões de repouso, desempenham papel essencial para o bem-estar.

Quais os riscos associados a dormir menos ou mais que o necessário?

Aliás, análises de grandes conjuntos de dados, como os do U.K. Biobank, comprovam um padrão em "U" na relação entre tempo de sono e riscos para a saúde. Dormir menos de sete horas tem sido associado ao aumento de problemas cardiovasculares, envelhecimento biológico acelerado e mortalidade. Por outro lado, dormir acima de nove horas também sugere risco elevado, embora problemas de saúde já existentes possam influenciar esse aumento na duração do sono.

  1. Dormir pouco: Menos de sete horas favorece desenvolvimento de doenças crônicas e prejudica a imunidade.
  2. Dormir demais: Acima de nove horas pode sinalizar condições subjacentes, tornando-se um marcador de outros problemas médicos.

A busca por um número exato pode não ser o mais produtivo. A ciência atual indica que compreender e adaptar o sono às necessidades de cada fase da vida, manter regularidade e priorizar a qualidade resultam em ganhos consistentes de saúde e disposição. O ideal é avaliar hábitos pessoais e, sempre que necessário, buscar orientações profissionais para ajustes que realmente façam diferença no dia a dia. Dormir bem permanece fundamental, mas a obrigação de oito horas perde cada vez mais espaço diante das novas evidências.

Giro 10
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