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Quem é o milionário que tenta diminuir sua idade em 28 anos?

Ele criou o "Protocolo Blueprint", um padrão de hábitos e estilo de vida para alcançar seu objetivo de rejuvenescimento

6 mar 2024 - 15h53
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Bryan Johnson
Bryan Johnson
Foto: Reprodução / Perfil Brasil

O empresário milionário Bryan Johnson, de 46 anos, ficou conhecido por implementar em sua vida um plano de voltar a ter a saúde de um jovem de 18 anos. Sua rotina fora do comum envolve tomar mais de 100 comprimidos ao dia, comer pela última vez às 11h e usar um anel peniano enquanto dorme, além de outros hábitos intrigantes.

Johnson afirma que encara o próprio corpo como um algoritmo, que pode ser programado de acordo com seus interesses. E, por isso, criou o "Protocolo Blueprint", um padrão de hábitos e estilo de vida para alcançar seu objetivo. Este método, de acordo com o milionário, ainda conta com uma equipe de 30 médicos e custa U$ 2 milhões ( o que equivale a R$ 10 milhões) por ano.

Bryan se tornou um milionário no ramo da tecnologia, com um aplicativo de pagamento, e hoje é dono de uma empresa no ramo da neurociência, rival da Neuralink de Elon Musk.

"Não importa qual é a minha expectativa de vida, não importa se eu morrer ou não. O que importa é que estamos projetando tematicamente, objetivamente e funcionalmente nossa maneira de 'não morrer' como espécie", disse Johnson em entrevista à Fortune.

O Protocolo Blueprint

O estilo de vida tem sido criticado por médicos e profissionais da saúde devido a medidas com falta de evidências sobre qualquer benefício, como transfusão do plasma do sangue - parte do sangue responsável por transportar nutrientes, participar da defesa do corpo e auxiliar na coagulaçã0 - de seu filho adolescente. Bryan disse ter interrompido esta prática.

Além da transfusão, as críticas também são direcionadas ao uso de tantos comprimidos e a rigidez da dieta mantida pelo empresário.

Em entrevista ao Fantástico, o milionário mostrou a espécie de clínica que ele construiu em sua casa para tornar possível os tratamentos previstos no Protocolo Blueprint. Este é o método que Johnson afirma retardar seu envelhecimento.

O método envolve medições diárias de seus dados, como seu peso e índice de massa corporal, além da utilização de um painel com luz infravermelha sobre o rosto em uma simulação de luz solar e para ajustar seu relógio biológico.

Enquanto dorme, Bryan utiliza um anel peniano que monitora suas ereções noturnas e, segundo a fabricante do produto, os dados coletados ajudam a identificar rapidamente casos que pode acabar em disfunção erétil.

O processo todo é acompanhado por profissionais e envolve: acordas às 4h30 e ir dormir às 20h30, se exercitar durante uma hora todas as manhãs, não ingerir bebidas alcóolicas, não comer gordura ou doces, manter uma alimentação vegana que não ultrapassa 2 mil calorias diárias, comer a terceira e última refeição do dia às 11h e tomar mais de 100 comprimidos por dia, que incluem vitaminas e medicamentos.

A transfusão de sangue, prática interrompida pelo empresário após não ver benefícios, foi feita pelo seu filho de 18 anos e pelo seu próprio pai, de 71. A Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) já havia alertado que a prática não é benéfica.

O Protocolo é seguido por diversas pessoas ao redor do mundo que criaram um movimento em torno do método, o "Don't Die", traduzido do inglês para não morra.

O empresário criou uma marca a partir de seu método: a Blueprint, que vende produtos que prometem auxiliar no prolongamento da vida, como um azeite de oliva que custa U$60 (convertido para R$ 300), mas não há explicação qual o diferencial deste para outros azeites.

Quem é Bryan Johnson?

Bryan Johnson ficou conhecido pela criação da Braintree, plataforma de pagamentos, em 2007. Ela foi vendida por US$ 800 milhões (convertido, o valor chega a cerca de R$ 4 bilhões) para o PayPal, em 2013.

Um ano depois, ele fundou o OS Fund, um fundo de investimentos para empresas de ciência e tecnologia. Em 2016, ele criou a Kernel, uma empresa que crias interfaces cérebro-máquina.

Segundo o New York Post, a Kernel diz acelerar e baratear tratamentos neurológicos com o auxílio de um capacete capaz de ler o cérebro humano e é vendido a US$ 50 mil (R$ 250 mil).

Atualmente, a fortuna do empresário é avaliada em US$ 400 milhões (R$ 2 bilhões), de acordo com a Fortune.

Ele diz ter passado por um período de depressão e compulsão alimentar depois de ter sido bem-sucedido no ramo tecnológico e que agora é mais feliz do que quando esteve à frente da Braintree.

*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

Perfil Brasil
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