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Psiquiatras lançam cartilha para ensinar influenciadores a falar sobre saúde mental e suicídio

Segundo os médicos, não se deve romantizar o sofrimento nem oferecer ajuda como se fosse um profissional de saúde; veja outras recomendações

3 set 2025 - 11h26
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A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) lançou, nesta terça-feira, 2, uma cartilha voltada a influenciadores e criadores de conteúdo, com orientações sobre como abordar temas relacionados à saúde mental, como prevenção do suicídio e de doenças psiquiátricas. O material pode ser baixado de forma gratuita.

"Estamos entre os países que mais consomem redes sociais no mundo e os influenciadores têm o poder de alcançar milhões de pessoas. Quando compartilham seus diagnósticos e tratamentos com doenças mentais, eles podem inspirar outras pessoas a buscarem ajuda", destaca Antônio Geraldo, presidente da ABP e coordenador nacional da Campanha Setembro Amarelo.

"Mas a prevenção de doenças mentais e do suicídio é um tema que deve ser tratado com responsabilidade. Informações erradas podem gerar danos irreversíveis", alerta o médico.

Segundo a cartilha, devem ser evitadas condutas como romantizar o sofrimento, detalhar histórias ou métodos de suicídio e oferecer ajuda direta como se fosse um profissional de saúde. Os médicos também destacam a importância de não estimular o uso do álcool ou drogas como forma de alívio, não divulgar testes de autodiagnóstico nem compartilhar conteúdos sensacionalistas e sugestão de tratamentos sem comprovação.

Uso de frases simplistas, como "vai passar", e até a promoção de jogos de azar são apontados como exemplos de mensagens que, em vez de acolher, podem agravar o sofrimento de quem precisa de ajuda. Outro ponto importante é evitar estigmatizar os indivíduos com rótulos como "louco" ou "pirado", e preferir expressões como "pessoa com depressão" ou "em sofrimento".

A recomendação é adotar uma linguagem acolhedora, gentil e livre de julgamentos, combinando informação com empatia. Frases que unem cuidado e orientação, como "você não está sozinho, tem gente que pode te ajudar", são recomendadas. O objetivo é incentivar uma comunicação que informe sem reforçar preconceitos.

"A mensagem mais importante para passar a todos é que não se desesperem. Se pensar em tirar a própria vida, procure ajuda médica. Diariamente, milhões de pessoas iniciam um tratamento psiquiátrico adequado e são ajudadas a tirar esse tipo de pensamento da cabeça, mas precisamos ter responsabilidade e capacidade de ensinar a fazer o certo", destaca Geraldo.

Além da cartilha, o site da Campanha Setembro Amarelo reúne outros materiais educativos e informativos para diferentes públicos. Todos os conteúdos estão disponíveis de forma gratuita.

Estadão
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