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Síndrome da filha mais velha: entenda o termo que viralizou nas redes sociais

A chamada "síndrome da filha mais velha" revela o peso da responsabilidade precoce e a importância de aprender a cuidar de si mesma

10 set 2025 - 16h22
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Ela costuma ser a primeira a acordar, a que ajuda, media conflitos e parece sempre prontas a atender às necessidades da família. É a filha mais velha, muitas vezes colocada em um papel de responsabilidade desde cedo. Por trás dessa postura, no entanto, pode existir uma pressão silenciosa, que atravessa a infância e se instala na vida adulta sem que se perceba.

A “síndrome da filha mais velha” não é um diagnóstico, mas descreve o fardo de quem assume cedo demais o papel de cuidar dos outros; entenda
A “síndrome da filha mais velha” não é um diagnóstico, mas descreve o fardo de quem assume cedo demais o papel de cuidar dos outros; entenda
Foto: Reprodução: Yogendra Singh/Studio India / Bons Fluidos

A "síndrome" que ganhou voz nas redes

O termo "síndrome da filha mais velha" ganhou popularidade no TikTok após um vídeo da psicóloga americana Katie Morton. Não se trata de um diagnóstico médico, mas de uma expressão que ressoou em milhares de mulheres, que se reconheceram no peso de sempre "segurar as pontas", de cuidar dos outros antes de si mesmas e de sentir que não podem falhar.

Essa experiência, ainda que não oficializada pela medicina, descreve padrões recorrentes: hiper responsabilidade, necessidade de controle, dificuldade em impor limites e sensação de que precisam carregar a família nos ombros.

Uma questão social e de gênero

Psicólogos explicam que este fenômeno não é universal, mas está ligado a fatores culturais e educacionais, além de ser uma questão de gênero. O papel da filha mais velha raramente se dissolve com a idade. Muitas mulheres relatam dificuldade em delegar responsabilidades, tendência ao perfeccionismo, necessidade constante de validação e culpa ao dizer "não". Essa postura pode estar acompanhada de ansiedade, exaustão emocional e até da anulação das próprias necessidades.

A identificação com a chamada síndrome mostra como essas dinâmicas familiares são comuns: o filho mais velho que precisa amadurecer rápido, dar exemplo e "não causar problemas". Mas, por trás dessa armadura de responsabilidade, geralmente há uma sensibilidade profunda, um desejo de reconhecimento e, muitas vezes, sinais de cansaço.

É possível se libertar?

Sim. O primeiro passo é reconhecer a dinâmica e falar sobre ela. Entender que o papel da filha mais velha não precisa ser inevitável ajuda a resgatar necessidades individuais, estabelecer limites e praticar o "não" - de forma gentil, mas firme. Esse processo pode ser apoiado pela terapia ou pelo diálogo com outras mulheres que compartilham da mesma vivência. Nomear o que se sente já traz alívio e a sensação de não estar sozinha.

A chamada síndrome da filha mais velha não é um transtorno psicológico, mas o reflexo de um fardo invisível. Dar nome a essa experiência é uma forma de retomar o controle da própria história. E se essas mulheres aprenderam desde cedo a cuidar dos outros, talvez agora seja hora de aprender a cuidar de si mesmas também.

Bons Fluidos
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