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Novas esperanças no tratamento da obesidade

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"A idéia que muitas pessoas têm de que a obesidade é uma doença meramente psicológica ou comportamental já foi refutada pela medicina há muito tempo", alerta o médico endocrinologista Dr. Amélio de Godoy Matos, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. "As pesquisas científicas têm demonstrado que obesidade, cada vez mais, é uma doença com potentes mecanismos indutores através de hormônios, o que a torna muito mais complexa do que gostaríamos de pensar," completa.

A mais recente novidade destas pesquisas é a descobeta de um hormônio produzido no estômago, chamado grelina, que é reponsável por enviar ao cérebro a "mensagem" da saciedade. "Essa substância, que está relacionada com o hormônio do crescimento, é um potente estimulador do apetite, e tende a ser produzida em maior quantidade quando estamos com fome, o que ajuda a explicar a dificuldade de muitas pessoas de cumprir as dietas rigorosas".

A descoberta deste hormônio é tão importante que, num estudo publicado recentemente no The New England Journal of Medicine, pesquisadores do Hospital de Veteranos na University of Washington, em Seattle (EUA) revelam que o hormônio pode ser o responsável pelo temido "efeito-sanfona" dos gordinhos.

A esperança fornecida pela descoberta é a de que se desenvolvam remédios mais específicos para diminuir ou amentar o apetite, de acordo com a necessidade dos pacientes. "Com essas pesquisas, podem ser desenvolvidos medicamentos tanto para tratar a obesidade quanto para tratar a anorexia", observa o endocrinologista. "Uma das descobertas feitas foi a de que esse hormônio aumenta minutos antes das refeições habituais, como se estivesse sinalizando para o indivíduo que está na hora de comer. Depois que ele se alimenta, a grelina diminui. Quando encontrarmos meios de controlar a produção da grelina, será possível desenvolver tratamentos que hoje são impossíveis", comemora.

O estudo da universidade de Washington mostrou que os pacientes que fizeram a cirurgia da obesidade tinham os níveis de grelina muito baixos, o que ajudaria a explicar porque operar o estômago faz com que os indivíduos percam a fome. "A redução do estômago reduz também a produção de grelina e consequentemente diminui a vontade de comer", explica o Dr. Amélio.

Laura Cánepa/Redação Terra

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