Marina Silva chora ao relembrar conversa com Chico Mendes antes de morrer: 'Eles vão me ver quando me matarem'
Ministra se emocionou ao falar do seu ex-companheiro de luta, assassinado em 1988
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, chorou ao relembrar o legado de Chico Mendes (1944-1988) durante a inauguração de um espaço especial dedicado à luta do seringueiro no Museu Emílio Goeldi, em Belém (PA), na noite deste domingo, 9, na véspera da abertura da COP30.
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Em seu relato, a ministra afirmou que o seringueiro, que ficou conhecido mundialmente pela luta em defesa da Amazônia, acreditava que seria morto. "Eu pedi para que nós fôssemos para a imprensa, denunciar. Ele me dizia: 'Não adianta. Sempre que eu denuncio, eles acham que faço isso pra me promover. Eles vão ver quando me matarem'. Fico muito emocionada quando lembro disso”, disse.
Marina reforçou que o ex-companheiro de luta ficaria muito orgulhoso em ver que seu legado está sendo lembrado na Conferência das Partes.
“Ele ficaria muito orgulhoso desse trabalho que tem sido feito em nome dele. Queria que ele estivesse aqui pra ver tudo isso, porque nossa luta é de muita solidariedade”, completou.
O espaço dedicado ao seringueiro foi criado pelo Comitê Chico Mendes em parceria com a Fundação Banco do Brasil.
*Essa reportagem foi produzida como parte da Climate Change Media Partnership 2025, uma bolsa de jornalismo organizada pela Earth Journalism Network, da Internews, e pelo Stanley Center for Peace and Security.