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O dia em que Hamilton deu uma aula de pilotagem em 30 min

Lewis Hamilton deu um verdadeiro show de pilotagem em Interlagos, ganhando 15 posições em 24 voltas na prova Sprint de Interlagos

13 nov 2021 - 17h40
(atualizado às 18h50)
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Hamilton ultrapassa Ricciardo por fora
Hamilton ultrapassa Ricciardo por fora
Foto: F1 / Twitter

Lewis Hamilton brindou o mundo da Fórmula 1 com uma das maiores exibições de pilotagem de sua vida. Como se fosse possível surpreender o mundo depois de ganhar sete campeonatos e 100 vitórias, Hamilton ganhou 15 posições em apenas 24 voltas - a prova Sprint dura apenas 30 minutos (cerca de 100 km).

Lewis largou em último (apesar de ter feito a pole position na classificação) porque foi desclassificado. A asa traseira do Mercedes 44 abriu um tantinho a mais do que os 85 mm permitidos pelo regulamento. Para piorar, Lewis já sabia que na corrida perderia cinco posições no grid do GP de São Paulo, por ter trocado o motor de combustão interna de seu carro na sexta-feira.

Estava armado o cenário perfeito para o show de Lewis Hamilton. Se já é normalmente agressivo e competitivo nas corridas, Hamilton simplesmente voou na prova Sprint. É verdade que os pilotos não dão o máximo nessa prova - um teste da F1 para apimentar o fim de semana. Mas Lewis não tinha nada com isso. Foi para cima de todos e na primeira curva já tinha ganhando quatro posições.

Então veio acelerando, pegando vácuo, colocando seu carro à direita ou à esquerda dos adversários. Os primeiros nem foram tão difíceis. Mas, quando chegou em Daniel Ricciardo, da McLaren, que também usa motor Mercedes, Hamilton precisou dar ainda mais de si. E passou. O carro não estava perfeito - saía de traseira e era nítida a dificuldade de Lewis na saída da Curva do Lago e no contorno da Curva do Pinheirinho.

Lewis Haminton na prova Sprint
Lewis Haminton na prova Sprint
Foto: Mercedes F1 / Twitter

Mas nada segurava Lewis Hamilton na linda tarde de Interlagos. Os raios oblíquos de um sol paulistano que já se despedia iluminou o circuito onde brilhava a maior estrela da Fórmula 1. E não era a estrela da Mercedes (era também). Era a estrela de Lewis Hamilton. Ele foi absolutamente perfeito, controlando seu carro nervoso no sobresterço, quando os pneus traseiros escorregam e, para corrigir, é preciso acelerar mais e controlar a trajetória no volante para não rodar.

Antes de Ricciardo, Hamilton deixou para trás três campeões: primeiro Kimi Raikkonen, depois Sebastian Vettel, finalmente Fernando Alonso. Somados, eles têm sete títulos mundiais, mesmo número do piloto de conduz o Mercedes 44. Ricciardo ele passou por fora; Norris ele passou por dentro - e não foi nada fácil.

Hamilton precisou mergulhar sobre o McLaren de Lando Norris, candidato a ser seu sucessor na Inglaterra, na freada do S do Senna. De 20º para 5º. Não apenas pelas posições conquistadas, mas pela forma como as conquistou, em apenas meia hora, Hamilton encantou Interlagos. Não por pouca coisa, no box da Mercedes seu chefe, Toto Wolf, estava com o cabelo arrepiado no final da prova.

Valtteri Bottas larga em 1º e Lewis Hamilton sai em 10º lugar, pois perdeu cinco posições. Ele já havia ganhando muitas posições em corridas de quase duas horas e 300 km, mas nunca havia feito tanto em apenas 100 km, correndo sem precisar economizar pneus ou poupar motor. Max Verstappen, que larga em 2º lugar, ainda tem o favoritismo para o título, mas Hamilton mostrou que não está morto. Quer o oitavo título mundial.

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