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F1 2022: ainda bem que os carros ficaram diferentes. E bonitos

Depois de muito receio, os carros da F1 2022 foram mostrados e uma surpresa veio para os fãs: têm muitas diferenças e estão bonitos

22 fev 2022 - 13h44
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Aston Martin, Haas e McLaren: diversas abordagens para o mesmo regulamento
Aston Martin, Haas e McLaren: diversas abordagens para o mesmo regulamento
Foto: F1.com

A F1 2022 está às vésperas de entrar na pista para seus primeiros testes do ano em Barcelona. Praticamente todos os carros foram apresentados (A Red Bull mostrou uma maquete e a Alfa Romeo já apareceu com a versão deste ano, porém sem a pintura definitiva) e a opinião é quase unânime: os carros estão diferentes e bonitos.

Uma das preocupações desde o início era de como os carros poderiam ser diferentes entre si. O regulamento técnico para esta temporada é o mais rígido de toda a história da categoria. Muitos até acusavam que a F1 se tornaria uma “grande F2”,  com pouca diferenciação entre os competidores. 

Aliás, esta é uma acusação que a F1 tem não é de hoje. Até se falou que, se tirassem a pintura de todos os carros e colocassem lado a lado, seria difícil reconhecer quem era quem. Mas principalmente os engenheiros das equipes colocavam estas preocupações nas reuniões de discussão das novas regras.

O grupo responsável pela gestão do novo regulamento era composto por “raposas velhas”: pela F1, Ross Brawn e Pat Symmonds. Na FIA, o experiente Nikolas Tombazis. Ninguém poderia acusar que são pessoas que não entendem do negócio “fazer um F1”. Além disso, sabem muito bem o que se passa na cabeça do pessoal do departamento técnico das equipes. “Eu costumava trabalhar do outro lado”, brincou Tombazis.

Embora seja bem restritivo, o regulamento deu aos engenheiros alguma margem de manobra na parte da frente, nas laterais, capô, geometria de suspensão e no suporte do aerofólio traseiro. Embora o objetivo de todos seja aproveitar ao máximo os túneis de efeito venturi embaixo dos carros, que gerarão boa parte da pressão aerodinâmica dos carros deste ano, cada um está interpretando a situação à sua maneira.

O resultado é esta variação de abordagens, especialmente quanto a lateral e a traseira dos carros. Temos visto uma solução mais longa, como a da Aston Martin, como mais “enxutas” como Williams e Mercedes. Ou até mesmo versões mais “escavadas” como a Ferrari. Os engenheiros mais uma vez nos surpreendem e conseguem inventar nas regras.

O fato é que a diferença volta à F1. Agora, provavelmente veremos em meados da temporada um festival de cópias, já que logo aparecerá qual a solução que melhor funcionou. Afinal de contas, esta é a F1. Embora as restrições orçamentárias e do uso de túnel de vento e computadores impactem inicialmente nesta “adaptação”, as soluções tendem a se aproximar no próximo ano. E quem escolheu errado, terá pouca margem de manobra para poder fazer alguma correção de rumo.

 Para os fãs, as soluções técnicas importam, mas a beleza fala mais alto. Os primeiros modelos de demonstração do ano passado acabaram por aguçar a curiosidade. Mas à medida que os carros foram sendo apresentados, os olhos foram sendo bem agraciados. Um exemplo foi a Ferrari, ainda mais por ter voltado a adotar as asas pretas, usadas nas décadas de 80 e 90. Sem contar a ligeira redução de diemnsão observada pela limitação do tamanho do entre-eixos (máximo de 3,60m).

Esperemos que os objetivos de uma maior competição sejam alcançados e que nós fãs tenhamos muitas emoções na pista. Pelo menos em termos de modelos, já estamos bem servidos… Não podemos esquecer que a F1 é um campeonato para ver quem constrói o melhor carro diante das mesmas regras.

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