Viúva do lixeiro assassinado quebra silêncio na Globo: 'Ele não voltou...'

O enterro do gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, aconteceu nesta última terça-feira (12) na Igreja Quadrangular do bairro Nova Contagem, em Contagem, Belo Horizonte.

O lixeiro foi morto a tiros na manhã desta segunda-feira, 11, enquanto limpava as ruas do bairro Vista Alegre. O suspeito pelo crime, o empresário Renê da Silva Nogueira, segue preso na capital mineira.

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A viúva da vítima, Liliane França, com quem Laudemir estava há cinco anos, desabafou com a imprensa ao relembrar a rotina do amado em reportagem ao Jornal Nacional e a outros programas de TV.

O que a mulher disse?

"Ele vai me fazer muita falta, muita falta mesmo, porque era um homem perfeito. Era uma pessoa que respeitava, que cuidava da gente com muito carinho. Todos os dias de manhã ele falava que iria voltar. Dessa vez, ele não voltou para casa. Me devolveram o Lau num caixão", lamentou ela.

A mulher també, pontuou alguns relatos recorrentes dele sobre a falta de respeito de parte da população com os profissionais da limpeza urbana da cidade.

"Ele saía todos os dias de manhã falando que iria voltar para casa, que iria voltar para a família, que era o que ele mais gostava de fazer. Ele falava das dificuldades do serviço dele, da falta de respeito das pessoas com eles, das pessoas não respeitarem o trabalho deles", declarou ela.

Laudemir atuava havia cerca de nove anos para uma empresa terceirizada que presta serviços de limpeza urbana à Prefeitura de Belo Horizonte, nas Mins Gerais.

Ele tinha filhos?

De acordo com alguns familiares do gari que morreu ao levar um tiro na rua, ele era apaixonado pela profissão, estava prestes a ser promovido no trabalho para atuar na portaria e gostava de preparar o café da manhã aos domingos em casa.

O falecido deixou uma filha de 15 anos e uma enteada, além da companheira Liliane França.

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