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Trump se diz "confortável" como presidente dos EUA, apesar de batalhas políticas

15 out 2018 - 09h11
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse em uma entrevista transmitida no domingo que está "confortável" na Casa Branca depois de quase dois anos no cargo, apesar das tempestades políticas sobre imigração, tarifas e a indicação do juiz Brett Kavanaugh à Suprema Corte.

Presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca 10/10/2018 REUTERS/Jonathan Ernst
Presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca 10/10/2018 REUTERS/Jonathan Ernst
Foto: Reuters

"Era um pouco surreal dizer que sou presidente dos Estados Unidos, mas acho que isso acontece com todos", disse Trump no programa de notícias "60 Minutes", da rede CBS.

"Mesmo meus amigos, eles não me chamam de Donald, me chamam de senhor presidente. E eu digo 'querem fazer o favor de relaxar? Aprendi durante o trabalho. De verdade'".

"Agora realmente me sinto POTUS", acrescentou Trump, usando a sigla em inglês para presidente dos Estados Unidos.

A entrevista, na qual Trump se mostrou disposto como sempre a batalhas verbais em uma série de questões, não deu nenhum sinal de que ele pretende abandonar seu estilo autônomo e ríspido na Presidência.

Trump não quis dizer se pretende retomar a política polêmica de separar crianças imigrantes de suas famílias na fronteira, mas não cedeu no que vê como a necessidade de uma diretriz severa.

"Quando você permite que os pais fiquem juntos, OK, quando você permite isso, o que acontece é que as pessoas virão aos montes ao nosso país", disse ele. "Tem que haver consequências... para se entrar em nosso país ilegalmente".

As separações de familiares e a detenção de milhares de crianças, a maioria da Guatemala, Honduras e El Salvador, provocaram uma rejeição generalizada à política de Trump. Cerca de 2.500 crianças e pais foram separados antes de Trump descartar a prática em junho. Dias depois um juiz federal ordenou que as famílias sejam reagrupadas, um processo que ainda está incompleto.

Após uma disputa política no Senado causada por alegações de má conduta sexual de Kavanaugh, Trump disse que seus comentários em um comício no Mississippi, no qual críticos disseram que ele desdenhou a acusadora Christine Blasey Ford, foram necessários para vencer a batalha pela confirmação do juiz.

"Se eu não tivesse feito aquele discurso, não teríamos vencido. Eu só estava dizendo que ela parecia não saber nada", afirmou Trump.

Ele disse à CBS que descobriu que a cena política de Washington é ainda mais dura do que o mundo empresarial, mas que "à minha maneira, me sinto muito à vontade aqui".

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