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Healthtech ViBe Saúde recebe aporte de R$ 54 milhões

A startup oferece um app de telemedicina e cuidados em saúde e mira público de classe C e D

13 jan 2021 - 13h31
(atualizado às 15h46)
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A startup ViBe Saúde anuncia nesta quarta-feira, 13, que levantou um aporte de R$ 54 milhões liderado pelo fundo sueco Webrock Ventures, que investe exclusivamente no Brasil. Dona de um aplicativo de telemedicina e cuidados em saúde, a ViBe pretende usar o novo cheque principalmente para reforçar a equipe de médicos da família, enfermeiros e psicólogos que são contratados para atender na plataforma.

Fundada em 2018, a empresa oferece o app tanto para empresas quanto para pacientes individuais. Nos casos individuais, é disponibilizada uma opção gratuita e uma premium, assim como acontece no Spotify: sem pagar nada, é possível realizar cinco consultas de 15 minutos por ano, e uma assinatura mensal de cerca de R$ 60 dá o direito a consultas médicas ilimitadas em tempo real e descontos de 20% a 30% em atendimentos agendados.

"Oferecemos atenção primária para as pessoas: é o primeiro ponto de contato com o profissional de saúde. A maioria dos problemas são solucionados com enfermeiro ou médico da família", afirma Ian Bonde, presidente executivo da ViBe Saúde, ao Estadão. O objetivo da startup é atingir as classes C e D, que não têm plano de saúde na maioria dos casos.

Hoje, a maior parte da receita da ViBe vem do serviço voltado a empresas - alguns de seus clientes são corporações como McDonald's e Qualicorp. A startup também mantém uma parceria especial com a empresa de seguros e benefícios do grupo Rede D'Or São Luiz para atender os clientes da rede, com a possibilidade de incluir médicos do grupo no atendimento.

Mas o plano é fortalecer cada vez mais a distribuição do app para a população: "Temos um volume enorme de pessoas para atingir. Nosso principal objetivo é democratizar a saúde no Brasil", diz Bonde.

Contato

Apesar de já estar operando há dois anos, o cenário de pandemia acelerou o negócio da ViBe - é algo que, de forma geral, aconteceu a todas as healthtechs. Segundo a empresa, foram realizadas 75 mil consultas gratuitas pelo app em 2020. E desde que lançou a segunda versão do app, em julho, foram 500 mil downloads do serviço - a meta é chegar a 1 milhão nos próximos três meses. Não à toa, um dos destinos desse novo aporte é marketing.

Para dar conta do atendimento, a equipe de profissionais da saúde deve crescer de 50 para 300 até o final do ano. "Focamos em ter um corpo clínico treinado com nossos protocolos", diz o CEO da empresa.

Trata-se da segunda rodada de investimentos levantada pela ViBe: a primeira foi em fevereiro de 2020, de R$ 12 milhões, liderada também pela Webrock Ventures. "Desde antes da pandemia identificamos a força da saúde digital na Europa e percebemos a ausência desses modelos no Brasil. Fizemos o primeiro investimento na ViBe em fevereiro e o impulso provocado pela pandemia justificou uma segunda rodada", explica Vitor Moreira, sócio na Webrock Ventures.

Além do aporte, a startup fechou uma parceria de inovação tecnológica com uma empresa de saúde digital da Europa, chamada Doktor.se.

Estadão
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