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Consumidores de maconha correm para a darknet para estocar durante quarentena, diz relatório da UE

6 mai 2020 - 13h49
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Usuários de cannabis aparentemente estão comprando e estocando a droga pela darknet para evitar a escassez enquanto estão isolados durante a pandemia de coronavírus, informou a agência europeia de drogas em um relatório.

19/12/2019
REUTERS/Kevin Mohatt
19/12/2019 REUTERS/Kevin Mohatt
Foto: Reuters

A agência sediada em Lisboa analisou milhares de análises em três importantes sites de vendas da darknet entre janeiro e março e descobriu que as restrições ao movimento pareciam ter desencadeado um aumento na atividade de cerca de 25% durante o período.

A maioria dos compradores procurava maconha, a droga ilícita mais usada na Europa.

"O mercado de cannabis é grande e muitos usuários regulares de cannabis podem ter decidido estocar, antecipando interrupções no mercado durante o período de isolamento", disse o relatório, divulgado na noite de terça-feira.

Também afirmou que "consumidores estabelecidos ou possivelmente novos que buscam cannabis para uso pessoal ou para uso social estão aumentando suas atividades no mercado".

Vendedores de cannabis em toda a Europa ficaram com pouca opção, tendo que reduzir suas atividades presenciais devido a restrições que confinaram milhões de pessoas - incluindo seus clientes - em suas casas, informou a agência.

Mas as pessoas que desejam comprar maconha para uso pessoal continuam consumindo, optando por compras online.

Os dados coletados pela agência descobriram que o site da darknet Cannazon, especializado em produtos de cannabis, vendeu cerca de 4,3 milhões de euros em mercadorias entre janeiro e março, representando um volume de 1,6 tonelada.

Ainda assim, nem todas as drogas vendidas nos sites da darknet tiveram um pico no período - o relatório mostrou que a demanda por ecstasy, ou MDMA, que é frequentemente usado em festas, parecia estar em declínio no período em que as pessoas ficavam em casa.

Alguns vendedores decidiram suspender as atividades durante a crise, enquanto outros tentaram estimular as vendas oferecendo descontos e diminuindo a quantidade mínima do pedido.

"Devido aos recentes eventos globais, reduzimos nosso pedido mínimo para que todos possam se divertir durante o período de quarentena", escreveu um fornecedor citado pela agência em um site do mercado negro.

Embora as vendas tenham se originado principalmente no Reino Unido e na Alemanha, a Holanda também foi citada como fonte de algumas das drogas oferecidas.

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