PoderData: 64% dos brasileiros são contra anistia para condenados pelos atos de 8/1
Pesquisa divulgada pelo instituto PoderData mostra que 64% dos brasileiros são contra a anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.
Pesquisa divulgada pelo instituto PoderData nesta sexta-feira, 3 de outubro, mostra que 64% dos brasileiros são contra a anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
O número revela que a medida é mais rejeitada do que em março, quando 51% se posicionaram contra. O apoio à proposta também caiu, antes eram 37%, agora são 27%. 9% preferiram não responder à questão.
O instituto entrevistou 2.500 pessoas entre os dias 27 e 29 de setembro em 178 municípios de todo o país. A margem de erro é 2 pontos percentuais. O nível de confiança é de 95%.
Gilmar Mendes elogia atos contra anistia
O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), exaltou no dia 21 de setembro, as manifestações contra a anistia dos envolvidos no 8 de janeiro e a PEC da Blindagem. Ele afirmou no X (antigo Twitter) que os atos "são a prova viva da força do povo brasileiro na defesa da democracia".
O ministro escreveu que os protestos demonstraram apoio às instituições democráticas e reforçaram que "graças à atuação vigilante do STF e à mobilização da sociedade, o Brasil reafirma que não há espaço para rupturas ou retrocessos".
"As manifestações de hoje contra a anistia dos atos golpistas são a prova viva da força do povo brasileiro na defesa da democracia. Em diferentes momentos, registraram-se demonstrações de apoio ao Supremo Tribunal Federal, que esteve, mais uma vez, à altura da sua história, cumprindo com coragem e firmeza a missão de proteger as instituições e responsabilizar exemplarmente os que atentaram contra o Estado Democrático de Direito", escreveu Gilmar Mendes.
O magistrado elogiou a bandeira nacional erguida durante os atos e sugeriu um pacto entre os Três Poderes para construir "um Brasil mais forte e verdadeiramente democrático para as próximas gerações".
"A mensagem é clara: é hora de olhar adiante! Precisamos transformar essa energia democrática em um grande pacto nacional entre Executivo, Legislativo e Judiciário, comprometido com uma agenda de reconstrução e de futuro. O País clama por estabilidade e por avanços concretos em áreas como economia, segurança pública, meio ambiente e justiça social", publicou.