Visita do rei Charles ao Vaticano mostra estreitamento dos laços entre anglicanos e católicos
O rei Charles e a rainha Camilla se encontrarão com o papa Leão 14 no Vaticano na próxima semana, em uma visita vista como um sinal de estreitamento dos laços entre a Igreja Católica e a Comunhão Anglicana, cinco séculos após sua turbulenta separação.
A realeza britânica chegará em 22 de outubro para a visita de Estado de dois dias, que será feita apenas ao Vaticano e não aos arredores da Itália.
Charles, governador supremo da Igreja da Inglaterra, rezará junto com Leão na Capela Sistina do Vaticano em um evento ecumênico no dia 23 de outubro, informaram o Palácio de Buckingham e o Vaticano, na primeira oração conjunta entre um monarca britânico e um papa católico desde 1534.
O rei também fará uma visita mais tarde naquele dia à Basílica de São Paulo Fora dos Muros, em Roma, uma das quatro igrejas mais veneradas do catolicismo.
"Este é certamente um evento histórico", disse o arcebispo Flavio Pace, uma autoridade de alto escalão do Vaticano responsável pelo diálogo ecumênico. "É o reconhecimento de uma jornada conjunta" entre as duas Igrejas, afirmou ele.
A Igreja Católica, com 1,4 bilhão de seguidores, e a Comunhão Anglicana, com 85 milhões de membros, vêm melhorando seus laços desde a década de 1960, mas os planos para a visita representam alguns dos mais fortes passos de reconhecimento já dados entre as denominações.
Os ensinamentos das duas tradições se alinham em muitas questões importantes, mas a Igreja Católica não ordena mulheres e em geral não permite que os padres se casem.
A Igreja da Inglaterra é uma das 46 igrejas autônomas em cerca de 165 países que, juntas, formam a Comunhão Anglicana.
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