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Ucrânia quer que papa Francisco visite Bucha

Pontífice negocia uma visita ao país

16 ago 2022 - 09h59
(atualizado às 10h09)
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A Ucrânia quer que o papa Francisco, que negocia uma viagem a Kiev, visite também a cidade de Bucha, palco de massacres e possíveis crimes de guerra durante o período de ocupação russa.

Papa Francisco posa com bandeira ucraniana proveniente de Bucha, em abril
Papa Francisco posa com bandeira ucraniana proveniente de Bucha, em abril
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

O município fica nos arredores da capital ucraniana e permaneceu sob domínio das tropas da Rússia durante o mês de março, até que Moscou decidiu concentrar suas forças na conquista do Donbass, no leste do país.

Após a retirada russa, as autoridades ucranianas denunciaram diversos indícios de crimes de guerra contra a população civil em Bucha, incluindo corpos jogados nas ruas, cadáveres com sinais de tortura e valas comuns com dezenas de mortos.

Em entrevista à ANSA, o embaixador da Ucrânia na Santa Sé, Andrii Yurash, disse que a programação da possível viagem do Papa ainda está sendo negociada. "Mas a parte ucraniana vai propor que o pontífice viaje a Kiev e depois se desloque para onde jazem os corpos das vítimas inocentes massacradas pelo Exército russo, como Bucha, a apenas 15 quilômetros de Kiev", declarou.

De acordo com o diplomata, cerca de 1,4 mil cadáveres já foram encontrados na cidade. Yurash também afirmou que a Ucrânia é capaz de garantir a segurança de Francisco. "O mundo inteiro é testemunha de como funcionamos perfeitamente nas visitas de líderes europeus e mundiais", acrescentou.

Jorge Bergoglio se reuniu com o embaixador em 6 de agosto e também conversou por telefone com o presidente Volodymyr Zelensky no último dia 12. A Ucrânia quer que a visita ocorra antes da viagem do Papa ao Cazaquistão, entre 13 e 15 de setembro, ocasião em que ele deve se reunir com o patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, Cirilo, que é alinhado ao Kremlin.

No entanto, o Papa já reiterou em diversas ocasiões que gostaria de ir tanto a Kiev quanto a Moscou e, de preferência, primeiro para a capital russa. Por sua vez, o regime de Vladimir Putin ainda não se mostrou disposto a receber o pontífice.

Ansa - Brasil   
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