PUBLICIDADE

Mundo

Trump está aberto a acordo com Xi mas com condições, diz assessor da Casa Branca

27 nov 2018 - 19h52
Compartilhar
Exibir comentários

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está aberto para um acordo comercial com a China, mas está preparado para aumentar as tarifas sobre importações chinesas se não houver uma solução para as antigas desavenças comerciais num jantar na noite de sábado com o líder chinês, Xi Jinping, disse nesta terça-feira Larry Kudlow, assessor econômico da Casa Branca.

Trump e Xi Jinping em Pequim
 9/11/2017   REUTERS/Thomas Peter
Trump e Xi Jinping em Pequim 9/11/2017 REUTERS/Thomas Peter
Foto: Thomas Peter / Reuters

Dias antes do jantar de alto nível, não está claro se os dois lados concordaram sobre uma pauta formal para a reunião dos líderes depois da cúpula do G20 em Buenos Aires. Kudlow disse que não havia programação de conversas entre os assessores no local.

Kudlow, em comentários feitos na Casa Branca, afirmou que Trump disse a assessores que na visão dele "havia uma boa possibilidade de um acordo ser feito, e que ele estava aberto para isso".

A Casa Branca vê o jantar, que segundo Kudlow indicou teria carne argentina, como uma oportunidade para "virar a página" na guerra comercial com a China. Conduto, ele declarou que a Casa Branca está desapontada com a resposta chinesa até agora.

"As respostas têm desapontado... porque não vemos muita mudança na abordagem deles", disse ele, sem entrar em detalhes.

"O presidente Xi tem uma oportunidade para mudar o tom e o conteúdo dessas negociações", afirmou Kudlow a jornalistas. "O presidente Trump tem indicado que está aberto. Agora precisamos saber se o presidente Xi está aberto."

Se não houver avanços, Trump está preparado para aumentar as tarifas sobre 200 bilhões de dólares em importações dos atuais 10 por cento para 25 por cento, e, também segundo Kudlow, poderia adicionar tarifas a outros 267 bilhões de dólares em importações.

"Como todos sabemos, ele faz o que ele diz", declarou Kudlow.

Ele listou como temas mais importantes para os EUA o roubo de propriedade intelectual, a transferência forçada de tecnologia, a propriedade de empresas norte-americanas na China, as altas tarifas e barreiras não tarifárias para commodities, e pirataria comercial. Ele não quis comentar se a China havia oferecido concessões.

Não está claro se os líderes divulgariam um comunicado conjunto, como é tradicional depois de um encontro entre dois chefes de Estado.

Trump deve também participar da cerimônia de assinatura do acordo comercial com México e Canadá que substitui o Nafta, o Acordo de Livre Comércio da América do Norte.

Sobre o G20, Kudlow afirmou que se trabalha num possível comunicado conjunto.

"Eu não acho que alguém da nossa equipe está muito ansioso por causa do comunicado. Se tivermos um, tem que ser algo com o que concordamos. Se não tivermos, ninguém vai chorar por isso", afirmou.

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
Publicidade
Publicidade