Trump defende príncipe saudita de acusação de mandar matar jornalista: 'Ele não sabia de nada'
Jamal Khashoggi foi morto dentro do consulado saudita na Turquia em 2018, e seu corpo nunca foi localizado
Donald Trump defendeu o príncipe saudita Mohammed bin Salman, afirmando que ele não teve envolvimento no assassinato do jornalista Jamal Khashoggi em 2018, apesar de um relatório da CIA apontar o príncipe como mandante.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira, 18, que o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, não teve envolvimento no assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, morto dentro do consulado saudita na Turquia em 2018.
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Jamal Khashoggi foi morto e seu corpo - que teria sido desmembrado - nunca foi localizado. O ex-colunista do Middle East Eye e do Washington Post era um crítico ferrenho do regime saudita.
“Ele não sabia nada sobre isso”, disse Trump durante encontro com o príncipe na Casa Branca.
Esta é a primeira visita de bin Salman aos EUA desde o assassinato de Khashoggi. O caso, que até hoje é cercado de mistério, abalou as relações diplomáticas entre os dois países.
Bin Salman, que sempre negou qualquer irregularidade, reiterou que Riad "fez tudo o que era necessário" para investigar a morte de Khashoggi. Além disso, o príncipe classificou o assassinato como um "grande erro".
Um relatório da CIA, a agência de inteligência dos EUA, apontou em 2021 bin Salman como o mandante do crime . Em 2022, um juiz federal arquivou o processo que acusava o príncipe pelo crime.
Morte
O jornalista entrou no consulado no dia 2 de outubro de 2018. Khashoggi foi ao consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia, para pegar um documento para se casar com a sua noiva turca, Hatice Cengiz.
A versão oficial do governo saudita é que uma briga teria ocorrido entre Khashoggi e pessoas que estavam no consulado, por isso, ele acabou morrendo. (*Com informações da Ansa)