Presidente sul-africano não participará de cúpula do G7 para se concentrar em formação de governo
O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, não participará da cúpula do G7 na Itália nesta semana, disse seu porta-voz nesta segunda-feira, enquanto seu partido se apressa em encontrar parceiros para governar o país.
O partido Congresso Nacional Africano (CNA) está mantendo discussões com uma ampla gama de outros partidos, dizendo que deseja formar um governo de unidade nacional após perder sua maioria pela primeira vez desde o fim do apartheid na eleição do mês passado.
Fontes diplomáticas haviam dito que Ramaphosa participaria da cúpula de 13 a 15 de junho, a convite da Itália, que detém a presidência rotativa do G7 e quer ampliar o encontro para além dos sete membros: Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália e Japão.
"O presidente não participará da reunião do G7 devido às prioridades domésticas atuais nas quais ele precisa se concentrar", disse o porta-voz de Ramaphosa, Vincent Magwenya, à Reuters.
Ramaphosa disse na semana passada que uma ampla colaboração com outras forças políticas seria a melhor maneira de fazer a África do Sul avançar.
O CNA está sob pressão para chegar a um acordo rapidamente porque a nova Assembleia Nacional realizará sua primeira sessão na sexta-feira.
Um dos primeiros atos da legislatura nacional será eleger o próximo presidente, que ainda deve ser Ramaphosa, uma vez que o CNA continua sendo o maior partido.
O CNA terá 159 das 400 cadeiras da Assembleia Nacional. Seus rivais mais próximos são a liberal Aliança Democrática, com 87 assentos, o populista uMkhonto we Sizwe, liderado pelo ex-presidente Jacob Zuma, com 58, e os marxistas do Combatentes da Liberdade Econômica, com 39.