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Premiê designado do Líbano diz buscar formar governo em breve e não será submisso ao Hezbollah

20 dez 2019 - 18h27
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O primeiro-ministro designado do Líbano disse que trabalhará para formar um governo dentro de seis semanas para ajudar a tirar o país de uma crise econômica que se aprofunda, repelindo as acusações de que este será dominado pelo poderoso movimento islâmico xiita Hezbollah, que tem apoio do Irã.

Hassan Diab
19/12/2019
REUTERS/Mohamed Azakir
Hassan Diab 19/12/2019 REUTERS/Mohamed Azakir
Foto: Reuters

Hassan Diab, acadêmico e ex-ministro da Educação, foi designado na quinta-feira como o próximo premiê com o apoio do fortemente armado Hezbollah, o grupo mais influente do país, e seus aliados.

"Governos anteriores da última década levaram um ano para se formar, e eu busco formar um governo nas próximas quatro semanas, ou em um período que não exceda seis semanas", disse Diab em uma entrevista à Deutsche Welle.

Na sexta-feira, tropas dispararam gás lacrimogêneo em Beirute para dispersar centenas de jovens que protestavam contra a designação de Diab, disseram testemunhas.

Os manifestantes atiraram pedras e fogos de artifício nos soldados durante os confrontos nas ruas do distrito de Corniche al Mazzraa. Muitos dos jovens lançaram pneus, e incêndios irromperam em várias ruas.

A designação abriu caminho para um gabinete sem aliados dos Estados Unidos e de países sunitas do Golfo Pérsico e ressaltou a influência dos amigos do Irã. A medida complicará os esforços para garantir ajuda financeira ocidental, dizem analistas.

O Líbano busca um novo governo desde que o primeiro-ministro Saad al-Hariri renunciou em 29 de outubro em reação aos protestos contra uma elite governante vista como mercenária e incompetente.

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