Papa lamenta mortes de migrantes e confirma visita a Lampedusa
Leão XIV deseja ir para ilha italiana 'em breve'
Em uma mensagem de vídeo gravada no Vaticano, o papa Leão XIV confirmou nesta sexta-feira (12) que visitará a ilha siciliana de Lampedusa, no sul da Itália, em um futuro próximo.
A participação do pontífice americano foi um dos principais destaques do lançamento oficial da candidatura dos gestos acolhedores dos habitantes de Lampedusa a patrimônio cultural imaterial da humanidade da Unesco.
No vídeo, Robert Francis Prevost declarou que o contato de hoje foi "remoto", mas mencionou que espera estar pessoalmente em Lampedusa "em breve".
Leão XIV também agradeceu aos habitantes da ilha por acolher os migrantes que conseguem completar a perigosa travessia do Mediterrâneo com vida.
"Meu agradecimento, que é o de toda a Igreja, se estende e renova o do papa Francisco. Obrigado a todos aqueles que, muitas vezes invisivelmente, mostraram e continuam mostrando um sorriso e o cuidado de um rosto humano àqueles que sobreviveram à sua jornada desesperada de esperança", declarou o religioso.
Em sua intervenção, o Papa também lamentou a alta quantidade de pessoas mortas, principalmente mulheres e crianças.
"Tantas vítimas, entre elas, tantas mães e crianças, clamam das profundezas do Mare Nostrum, não apenas ao céu, mas aos nossos corações. Muitos irmãos e irmãs migrantes foram sepultados em Lampedusa e repousam na terra como sementes das quais um novo mundo aguarda o crescimento da vida", disse.
A ilha siciliana de Lampedusa, no sul da Itália, é palco de inúmeros desembarques de migrantes irregulares que fazem a perigosa travessia marítima para a Europa. O país é a maior porta de entrada no continente pela Rota do Mediterrâneo.
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