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Oriente Médio

EUA: combatentes na Síria podem estar unidos a iemenitas

Extremistas tentaram recrutar ocidentais e mandá-los para casa com uma missão

13 jul 2014 - 16h17
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Sírios inspecionam um local atingido pelo o que ativistas dizem ter sido uma bomba lançada por forças leais ao presidente sírio, Bashar al-Assad, em Aleppo, na Síria, na segunda-feira. 16/06/2014
Sírios inspecionam um local atingido pelo o que ativistas dizem ter sido uma bomba lançada por forças leais ao presidente sírio, Bashar al-Assad, em Aleppo, na Síria, na segunda-feira. 16/06/2014
Foto: Hosam Katan / Reuters

O procurador-geral dos Estados Unidos Eric Holder afirmou estar preocupado que combatentes da Europa e dos Estados Unidos que estão apoiando violentos insurgentes na guerra civil síria estejam unindo forças com os fabricantes de bombas do Iêmen.

"De certo modo, acho que é mais assustador que qualquer coisa que eu já tenha visto como procurador-geral", disse Holder no programa "This Week" da ABC, televisionado neste domingo. Agências de inteligência dos EUA estimam que cerca de 7 mil dos 23 mil extremistas operando na Síria sejam combatentes estrangeiros, a maior parte da Europa.

Holder, que na semana passada se encontrou com ministros de justiça europeus em Londres, disse que a preocupação não é apenas com relação às ações de combatentes estrangeiros na Síria, mas com sua volta a seus países de origem. Extremistas tentaram recrutar ocidentais e mandá-los para casa com uma missão. O secretário de Segurança Nacional Jeh Johnson disse que a Síria se tornou uma questão de segurança interna.

O FBI possui dezenas de investigações em curso sobre os combatentes americanos que foram para a Síria e voltaram para casa, disse Holder. Informações de que produtores de bombas no Iêmen têm se juntado às forças na Síria com os combatentes estrangeiros é particularmente preocupante, acrescentou ele.

"Essa é uma combinação fatal, onde você tem pessoas com know how técnico junto com pessoas que tem este tipo de fervor para dar suas vidas em apoio a uma causa que é direcionada aos Estados Unidos e a seus aliados", disse Holder em entrevista gravada na semana passada.

Um homem nigeriano que tentou detonar explosivos em um vôo de Amsterdã para Michigan em 2009, foi relacionado a um grupo extremista que opera no Iêmen.

Na semana passada, Holder pediu aos países dentro e fora da Europa que atuem mais para impedir seus cidadãos de viajar para a Síria para lutar, dizendo que eles poderiam aprender com os esforços norte-americanos para conduzir operações secretas.

Holder disse que extremistas sunitas indo da Síria para o Iraque e que tomaram cidades ao norte ainda não representam uma ameaça ao Ocidente. Isso, porém, pode mudar. "Se eles forem capazes de consolidar seus ganhos naquela área, é só uma questão de tempo antes que eles comecem a olhar para o Ocidente e para os Estados Unidos em particular", disse.

No início deste mês, uma mulher de Denver acusada de tentar voar para a Síria para ajudar os insurgentes foi presa nos Estados Unidos e no mês passado dois homem no Texas foram presos com acusações similares. Um dos homens do Texas foi acusado de "tentativa de providenciar material de apoio à terroristas", violando a lei que Holder pediu que outros países sigam.

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