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OMS cita desespero da população por comida, água e suprimentos na Faixa de Gaza

1 mar 2024 - 17h58
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As pessoas da Faixa de Gaza estão arriscando suas vidas para encontrar comida, água e outros suprimentos, tal é o nível de fome e desespero em meio à ofensiva implacável de Israel, afirmou nesta sexta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS).    "O sistema na Faixa de Gaza está de joelhos, mais do que de joelhos", afirmou o porta-voz da OMS, Christian Lindmeier, em Genebra. "Todas as linhas de auxílio em Gaza foram mais ou menos cortadas."    Lindmeier disse que há uma "situação desesperadora".

Essa impressão foi realçada na quinta-feira, quando mais de cem pessoas que buscavam ajuda humanitária na Faixa de Gaza foram mortas.    As autoridades de Saúde do enclave afirmaram que as forças israelenses atiraram nos palestinos que esperavam um carregamento de suprimentos. O Estado judaico, por sua vez, culpou as multidões que se aglomeraram ao redor dos caminhões pelas mortes, dizendo que elas foram pisoteadas ou atropeladas.    "As pessoas estão tão desesperadas por comida, por água potável, por quaisquer suprimentos, que arriscam suas vidas para obter qualquer alimento, quaisquer suprimentos que sustentem suas crianças, que as sustentem", disse.    Embora a ajuda humanitária esteja chegando a partes da região sul da Faixa de Gaza, é muito pouco até para evitar uma crise alimentar na área. O auxílio mal consegue chegar às regiões mais ao norte, que estão distantes do principal posto fronteiriço, acessível apenas passando por frentes de batalha bastante ativas.    "Os suprimentos alimentares foram cortados deliberadamente. Não nos esqueçamos disso", disse Lindmeier.    Israel afirmou que o fracasso em entregar ajuda suficiente dentro da Faixa de Gaza ocorre por problemas de distribuição da ONU.    Uma autoridade da entidade afirmou nesta terça-feira ao Conselho de Segurança da ONU que um quarto da população do enclave está a um passo da fome, e que, sem ações concretas, a fome total é "quase inevitável".   

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