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Julho de 2019 foi o mês mais quente da história, diz ONU

Anúncio ocorre antes da Cúpula do Clima, que será em setembro

2 ago 2019 - 17h22
(atualizado às 18h26)
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O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu nesta sexta-feira (2) uma mobilização mundial para reduzir as emissões de gases do efeito estufa. Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), o mês de julho de 2019 foi o mais quente da história.

"De acordo com os dados mais recentes da OMM e de seu centro de clima, julho igualou se não superou o mês mais quente já registrado na história. Isso ocorre após o junho mais quente já registrado", disse o português.

Julho de 2019 foi o mês mais quente da história, diz ONU
Julho de 2019 foi o mês mais quente da história, diz ONU
Foto: ANSA / Ansa

Segundo Guterres, os últimos cinco anos estão no caminho para serem considerados os mais quentes já registrados. Dados revelados pela OMM informaram que, neste ano, em particular, ocorreram picos de calor em várias cidades ao redor do mundo, como Nova Délhi, na Índia; Anchorage, no Alaska; Santiago, no Chile; Adelaide, na Austrália; Paris, na França; e até no Círculo Ártico.

"Se não agirmos agora, esses eventos climáticos extremos são apenas a ponta do iceberg. E esse iceberg também está derretendo rapidamente", afirmou a jornalistas em Nova York. Guterres lembrou que até mesmo os principais cientistas do mundo dizem que é necessário limitar o aumento de temperatura a 1,5ºC para evitar os "piores impactos da mudança do clima".

"Precisamos reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 45% até 2030. Precisamos atingir a neutralidade de carbono até 2050. E precisamos levar em conta os riscos da mudança climática em todas as decisões para impulsionar o crescimento resiliente, reduzir a vulnerabilidade e evitar investimentos que possam causar mais danos", acrescentou.

O anúncio realizado pelo secretário-geral da ONU ocorre pouco mais de um mês antes da cúpula do clima, que será realizada no dia 23 de setembro, em Nova York. Na ocasião, dois dias antes, também haverá uma cúpula de jovens sobre o assunto, com a participação da ativista sueca Greta Thunberg. Por fim, Guterres fez um alerta a líderes de governos, empresas e sociedade civil para apresentarem "planos concretos e ambiciosos para melhorar as contribuições nacionais até 2020 e estratégias para a neutralidade de carbono até 2050".

"Prevenir a perturbação climática irreversível é a corrida de nossas vidas e para nossas vidas. É uma corrida que podemos - e devemos - vencer", finalizou.

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