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Mundo

Irã aceita abrir usinas nucleares a inspetores

As negociações já duram seis anos e envolvem diversos países

14 jul 2015 - 06h11
(atualizado às 07h30)
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O chefe da diplomacia europeia , Federica Mogherini (esquerda) e ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif , participar de uma conferência sobre o programa nuclear do Irã em Viena
O chefe da diplomacia europeia , Federica Mogherini (esquerda) e ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif , participar de uma conferência sobre o programa nuclear do Irã em Viena
Foto: EFE

Fontes diplomáticas em Viena afirmam que o Irã aceitou nesta terça-feira o monitoramento de suas atividades nucleares em troca da suspensão das sanções contra o país. O acordo, no entanto, não prevê acesso automático de inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) às usinas iranianas.

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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, classificou a decisão de "erro histórico" e disse que ela abre o caminho para o Irã produzir armas nucleares. A expectativa é de que o desfecho seja anunciado pela União Europeia ao fim da plenária que começou às 8h30m GMT (5h30m, em Brasília).

As negociações com o Irã já duram seis anos e envolvem Estados Unidos, Rússia, Grã Bretanha, França, China e Alemanha.As potências ocidentais exigem que o Irã reduza as suas atividades nucleares para garantir que não será capaz de produzir armamentos.

Denominador comum

Já o governo iraniano sempre afirmou que o seu programa nuclear tem fins pacíficos e quer o fim das sanções internacionais.

Um diplomata afirmou à agência de notícias Associated Press que a chave para o acordo foi encontrar um denominador comum que permitiu abrir as usinas para inspeção. O Irã dará acesso a bases militares aos monitores da ONU, mas o país terá direito de questionar estas requisições, segundo o diplomata.

O governo de Teerã, por sua vez, aceitou que as sanções podem voltar a ser impostas caso o acordo seja violado, fontes diplomáticas afirmaram à agência Reuters.

Um embargo da ONU a armamentos continuaria a vigorar por mais cinco anos e as sanções da ONU sobre mísseis seriam mantidas por oito anos. A Reuters também citou dois diplomatas iranianos que teriam confirmado o acordo.

"Todo o trabalho duro valeu a pena e selamos um acordo. Deus abençoe o nosso povo", o diplomata disse à Reuters.

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