PUBLICIDADE

Mundo

EUA deixam negociações sobre pacto global de imigração

3 dez 2017 - 17h18
Compartilhar
Exibir comentários

Os Estados Unidos deixaram as negociações sobre um pacto voluntário para lidar com a imigração, porque a abordagem global sobre o tema "simplesmente não era compatível com a soberania norte-americana", disse a embaixadora dos EUA na Organização das Nações Unidas (ONU).

Em comunicado divulgado no final do sábado, a missão norte-americana na ONU disse que o presidente dos EUA, Donald Trump, tomou a decisão.

"Nenhum país fez mais que os EUA e nossa generosidade continuará", disse Haley, cujos pais são imigrantes indianos. "Mas nossas decisões sobre políticas de imigração devem ser sempre tomadas por norte-americanos e apenas norte-americanos."

"Nós decidiremos qual a melhor maneira de controlar nossas fronteiras e quem poderá entrar em nosso país", disse ela.

Durante a campanha eleitoral no ano passado, Trump prometeu deportar grandes números de imigrantes e construir um muro na fronteira dos EUA com o México para ajudar a combater a imigração ilegal e o crime nos Estados Unidos. Desde que assumiu em janeiro, ele também proibiu a entrada de cidadãos de certos países muçulmanos nos EUA.

Com um recorde de 21,3 milhões de refugiados globalmente, os 193 membros da Assembleia-Geral da ONU adotaram uma declaração política no ano passado, na qual eles também concordaram em passar dois anos negociando o pacto sobre imigração segura, ordenada e regular.

O governo do ex-presidente dos EUA Barack Obama apoiou a resolução, conhecida como Declaração de Nova York, que também pedia que o Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados, Zeid Ra'ad al-Hussein, propusesse um pacto global sobre refugiados, com adoção em 2018.

"A abordagem global da Declaração de Nova York simplesmente não é compatível com a soberania dos EUA", disse Haley.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse lamentar a decisão dos EUA, disse seu porta-voz neste domingo, mas expressou esperança de que os Estados Unidos possam retomar as negociações. 

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
Publicidade
Publicidade