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Coreia do Norte diz que exercícios de EUA e Seul ameaçam conversas nucleares

16 jul 2019 - 08h46
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Os Estados Unidos parecem prestes a quebrar a promessa de não realizar exercícios militares com a Coreia do Sul, pondo em risco conversas que visam convencer a Coreia do Norte a abdicar de suas armas nucleares, disse o Ministério das Relações Exteriores norte-coreano nesta terça-feira.

Presidente dos EUA, Donald Trump, e líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, na fronteira entre as Coreias
30/06/2019
KCNA via REUTERS
Presidente dos EUA, Donald Trump, e líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, na fronteira entre as Coreias 30/06/2019 KCNA via REUTERS
Foto: Reuters

O padrão norte-americano de "renegar seus compromissos unilateralmente" está fazendo Pyongyang reconsiderar seus próprios compromissos de abandonar os testes de armas nucleares e mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs), disse a chancelaria em comunicados divulgados através da agência de notícias estatal KCNA.

O presidente dos EUA, Donald Trump, revitalizou os esforços para persuadir Pyongyang a desistir de seu arsenal nuclear no mês passado, quando improvisou uma reunião com o líder norte-coreano, Kim Jong Un, na fronteira entre as duas Coreias.

Trump disse que ambos concordaram em retomar as chamadas reuniões de trabalho, travadas desde o fracasso de sua segunda cúpula, em fevereiro. Espera-se o reinício das negociações nas próximas semanas.

Mas um porta-voz da chancelaria norte-coreana as colocou em dúvida, dizendo que os EUA e a Coreia do Sul estão levando adiante os exercícios batizados de Dong Maeng neste verão, o que ele classificou como um "ensaio de guerra".

"Formularemos nossa decisão na abertura das conversas de trabalho RPDC-EUA, acompanhando a medida dos EUA daqui em diante", disse o porta-voz, usando as iniciais do nome oficial de seu país, República Popular Democrática da Coreia.

Os exercícios devem acontecer em agosto.

Há anos a Coreia do Norte repudia os exercícios militares entre EUA e Coreia do Sul, mas nos últimos meses intensificou suas críticas ao mesmo tempo em que as conversas com Washington e Seul emperraram.

"Está muito claro que é uma manobra e um ensaio de guerra visando ocupar nossa república militarmente com um ataque surpresa", disse o porta-voz em um comunicado separado, acrescentando que Trump havia reafirmado que os exercícios seriam suspensos no encontro de junho com Kim.

Trump, em sua primeira reunião com Kim em Cingapura em junho do ano passado, disse que interromperia os exercícios depois de os dois líderes concordarem em trabalhar para a desnuclearização da península coreana e para melhorar as relações.

Embora os principais exercícios anuais entre Washington e Seul tenham sido suspensos, as duas nações ainda realizam manobras menores.

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