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Chile diz que morte de oposicionista venezuelano em Santiago foi política

12 abr 2024 - 19h45
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O sequestro e assassinato de um membro da oposição venezuelana no Chile, em fevereiro, ocorreu por ordem vinda da Venezuela e é provável que tenha tido motivação política, disse a procuradoria-geral do país, e o governo tentará a extradição de dois suspeitos que fugiram para a Venezuela.

Nas primeiras horas do dia 21 de fevereiro, Ronald Ojeda, um ex-tenente venezuelano de 32 anos, que a Venezuela acusa de traição contra o governo, foi retirado de seu apartamento em Santiago com suas roupas íntimas por homens vestidos como policiais chilenos, mostraram imagens de câmeras de segurança.

Seu corpo apareceu no dia 2 de março em uma mala, enterrada e cimentada nos subúrbios de Santiago.

Falando com repórteres nesta sexta-feira, a ministra chilena do Interior, Carolina Toha, afirmou que os suspeitos, que não foram identificados, "receberam a ordem para realizar esse sequestro. A hipótese mais plausível é que tenha tido motivação política".

Toha também afirmou que a decisão do presidente chileno, Gabriel Boric, de convocar o embaixador chileno em Caracas na quinta-feira tem ligação com o caso. O Chile disse que está solicitando ajuda da Venezuela no caso, incluindo a extradição de dois outros suspeitos.

O procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, afirmou em uma rede social nesta sexta-feira que recebeu um pedido de informações do Chile sobre cinco pessoas com possível envolvimento no caso Ojeda, e que seu gabinete está tentando localizar os suspeitos.

Hector Barros, principal promotor da equipe de crime organizado e homicídios de Santiago, afirmou que o crime foi ordenado da Venezuela e é político.

"Estamos falando de uma vítima que participou de ações contra o governo venezuelano e, segundo, que ficou presa por nove meses na Venezuela. Ele escapou e recebeu asilo político no Chile", disse. "Devido a seu perfil, não há outra linha de investigação."

A polícia chilena prendeu um venezuelano de 17 anos pelo crime.

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