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Barbados vira república e nomeia Rihanna como heroína

País encerrou quatro séculos de submissão ao trono britânico

30 nov 2021 - 09h48
(atualizado às 09h52)
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Cerimônia também contou com a presença da cidadã mais ilustre do país, a cantora Rihanna
Cerimônia também contou com a presença da cidadã mais ilustre do país, a cantora Rihanna
Foto: Jonathan Brady / Reuters

A ilha de Barbados, no Caribe, se tornou nesta terça-feira, 30, a mais nova república do planeta e rompeu seus laços com o colonialismo britânico. Independente desde a década de 1960, o país ainda mantinha a rainha Elizabeth II como chefe de Estado.

A cerimônia ocorreu na presença do príncipe Charles e marcou a posse de Sandra Mason, até então governadora-geral de Barbados, como primeira presidente na história da ilha caribenha. "A República de Barbados zarpou para sua viagem inaugural", declarou Mason em seu discurso de posse, reconhecendo o mundo "complexo, fraturado e turbulento" em que o país precisará navegar.

"Nossa nação precisa sonhar sonhos grandes e lutar para realizá-los", acrescentou. A proclamação da república encerra quatro séculos de submissão ao trono britânico, incluindo mais de 200 anos de escravidão, abolida apenas em 1834.

"Desde os dias mais sombrios de nosso passado e a terrível atrocidade da escravidão, que mancha nossa história para sempre, o povo dessa ilha forjou seu caminho com extraordinária firmeza", reconheceu Charles.

A cerimônia também contou com a presença da cidadã mais ilustre do país, a cantora Rihanna, proclamada como heroína nacional.

"Que você continue brilhando como um diamante e trazendo honra para nossa nação", declarou a primeira-ministra Mia Mottley.

Com cerca de 280 mil habitantes, Barbados vive sobretudo do turismo, setor duramente afetado pela pandemia de covid-19 e que depende dos visitantes britânicos.

Ativistas de movimentos negros, porém, acreditam que a proclamação da república é um primeiro passo para obter reparações financeiras pelos mais de dois séculos de escravidão, período que moldou as profundas desigualdades vistas no país atualmente.

Ansa - Brasil   
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