Situação Constitucional na América Latina

Em janeiro de 2009, o povo boliviano foi às urnas e aprovou a nova Constituição do país. O texto reforçou o papel do Estado, consolidou a nacionalização de recursos, reforçou os poderes dos indígenas e permitiu a reeleição presidencial. Logo após a aprovação da nova Carta Magna, o atual presidente, Evo Morales, eleito em 2005, não perdeu tempo e já começou a campanha por mais um mandato de cinco anos. Não deu outra: Morales foi reeleito para mais um mandato, durante o qual pretende usar a nova Constituição para "refundar" a Bolívia.

Morales conta com grande apoio das camadas populares. No entanto, ao lutar pela nova Carta, enfrentou uma furiosa oposição para conseguir aprovar o novo texto. Depois de muitos protestos, dos 411 artigos originais, mais de 100 foram alterados no Congresso antes da convocação do referendo de janeiro. Um dos pontos dos quais os governistas tiveram de abrir mão era a possibilidade de um terceiro mandato presidencial. Mas mesmo com as mudanças, a nova Constituição não foi bem aceita em alguns Departamentos (Estados) e por líderes religiosos.

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