Manifesto pede órgão para mediar conflitos no mundo
Segunda, 04 de fevereiro de 2002, 12h46
A Conferência de Paz relizada durante o 2º Fórum Social Mundial (FSM) em Porto Alegre terminou ontem com um manifesto repleto de críticas aos Estados Unidos e com um pedido para a criação de um organismo democrático de mediação de conflitos e com poder de negociação. O evento contou com a participação dos prêmios Nobel da Paz Rigoberta Menchú (1992, Guatemala), Adolfo Pérez Esquivel (1980, Argentina) e Médicos Sem Fronteiras (1999), grupo representado pelo presidente de seu comitê internacional, Morten Rostrup)."Os atentados terroristas de 11 de setembro tiveram como resposta a inauguração do terror como forma de relação entre os países", diz o manifesto, acrescentando que "Estados Unidos passaram a impor por força de sua vontade um clima de nova Guerra Fria ao mundo". O manifesto diz ainda que as Nações Unidas perderam seu papel definitivamente e as outras potências capitalistas e quase todos os outros governos do mundo delegam aos EUA a função de "agentes do terror permanente". O documento foi assinado pelos organizadores do FSM - o governo do Rio Grande do Sul, o Conselho Latino Americano de Ciências Sociais e a Central Única dos Trabalhadores (CUT). O texto expressa também que um "mundo sem guerras é possível, sob a condição que exita um organismo internacional com poder e legitimidade para medias os conflitos com justiça e eqüidade, e que represente a vontade majoritária da humanidade de forma democrática".
AFP
mais notícias
|