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Mulheres são a favor do aborto e contra indústria do sexo

Domingo, 03 de fevereiro de 2002, 16h00


As organizações de mulheres que participam do 2º Fórum Social Mundial, que acontece na cidade de Porto Alegre, se declararam hoje, domingo, a favor do aborto e contra a indústria do sexo. "Nós decidimos, nós parimos", gritaram centenas de mulheres que marcharam hoje pelos corredores e jardins da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, sede do Fórum Social.

A manifestação se misturou, por alguns momentos, com as "panelaços" dos ativistas argentinos presentes em Porto Alegre, cujo ruído passou a ser parte da rotina do Fórum Social.

As ativistas da organização Marcha Mundial das Mulheres denunciaram o caso da brasileira Janaína Oliveira, de 24 anos, presa pela polícia do estado de Pernambuco (nordeste) por ter abortado e que pode receber uma pena de até quatro anos de prisão.

O aborto no Brasil precisa ser aprovado pela Justiça e só é admitido nos casos em que há risco comprovado para a vida da mulher ou de seu filho. Oliveira, segundo a organização feminista, decidiu abortar porque não tinha condições econômicas para criar e educar um filho.

"Legalizar o aborto, direito ao nosso corpo", diziam também as participantes na passeata, que afirmaram que "um novo mundo" como propõe o Fórum Social "só será possível garantindo os direitos das mulheres".

Essa manifestação coincidiu com uma conferência sobre tráfico de pessoas, na qual outros grupos feministas denunciaram os casos de "milhões de mulheres" enganadas e levadas a países do primeiro mundo, onde acabam sem documentos e convertidas em "escravas do sexo".

Segundo números apresentados pela indiana Sashi Sail, da mesma Marcha Mundial das Mulheres, o mercado mundial do sexo movimenta cerca de 52 bilhões de dólares por ano e esse dinheiro acaba financiando máfias como a do narcotráfico e de outros crimes.

A americana Mary Futrell, do Conselho Mundial de Educação, afirmou que em seu país uma mulher é violentada a "cada seis minutos" e sofre humilhações quando se propõe a denunciar o agressor às autoridades. Futrell também protestou porque tanto nos Estados Unidos, como na "maioria dos países", a Justiça não aceita como crime o "estupro conjugal".

No Fórum Social Mundial de Porto Alegre, que reúne mais de 60 mil ativistas contra esta globalização excludente, participam quase mil organizações de defesa dos direitos das mulheres.

EFE

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