A Attac pede o estabelecimento de um imposto sobre as transações financeiras e a destinação do que se arrrecada dos cidadãos. O documento, apresentado pelo presidente do Conselho Científico da entidade, Dominique Plihon, destaca os "efeitos devastadores" sobre a economia dos países, das "ondas" de entrada e saída de capitais, que podem causar "grandes desequilíbrios desequilíbrios macroeconômicos".

O documento também destaca a dificuldade que as nações em crise têm para se recuperar, na presença, "difícil de regularizar", de numerosos "atores" privados nos mercados. Fernando Cardim, professor de Macroeconomia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), integrante do painel, destacou que um maior controle sobre o movimento de capitais permitiria que os países retomassem suas próprias políticas econômicas e tiveram um maior grau de autonomia.

Cardim esclareceu, durante sua exposição, que o sistema de controle de fluxo de capitais "não é dirigido às instituições financeiras internacionais, mas sim aos investimentos privados". A Argentina, afirmou, é um excelente exemplo da liberalização completa do movimento de capitais "e o que acontece nesse tipo de cenários é que uma política que seja contrária aos investidores" determina que estes tirem seus capitais do país.

Em países como a Argentina - que atravessa uma profunda crise social, econômica e política, além de uma recessão de quatro anos, uma grande parte dos bancos é estrangeira e pode escapar dos controles oficiais, destacou por sua vez Jayati Ghosh Jawarhalal Nehru, economista da Universidade de Idéias da Índia.

AFP

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