Adolfo Esquivel faz balanço da crise argentina
Sexta, 01 de fevereiro de 2002, 18h31
"O chão estava sendo regado com gasolina e, à menor faísca, explodiria". Este foi o teor de uma carta que o Prêmio Nobel da Paz Adolfo Perez Esquivel enviou ao presidente argentino Fernando de la Rúa um mês antes da "rebelião das panelas". Esquivel fez hoje um breve balanço da crise da Argentina no 2° Fórum Mundial Social, em Porto Alegre.O arquiteto, escultor e ativista dos direitos humanos destacou que os problemas vividos por seu país natal são resultado das privatizações, da dolarização e da dependência econômica. "Em meio à crise, mas de US$ 26 bilhões saíram do país por intermédio das grandes empresas que tiraram seus capitais". Esquivel criticou ainda a submissão do governo argentino em relação aos Estados Unidos. De acordo com ele, há uma pressão dos organismos internacionais que condicionam a ajuda financeira ao ingresso da Argentina na Área de Livre Comércio das Américas (Alca), e ao voto contrário do país para o ingresso de Cuba.
JB Online
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