Jurista americana diz que Fórum é "pró" e não "anti"

Sexta, 01 de fevereiro de 2002, 18h22

O movimento social que desfila no 2º Fórum Social Mundial (FSM) em Porto Alegre não é "anti" e sim "pró", disse hoje Lori Wallach, da Public Citizen, a associação americana mais poderosa de defesa dos consumidores."O inimigo (os defensores do neoliberalismo) nos chama de 'anti' porque nos queixamos, somos os antifórum, os antiglobalização, quando na verdade nosso movimento é globalmente 'pró'", declarou Wallach em uma conferência sobre o comércio mundial no Centro de Eventos da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). "Somos pró, a favor da democracia, da igualdade, da diversidade, da justiça e de um meio ambiente de qualidade", destacou. "Precisamos articular os temas para os quais somos pró", acrescentou. Para a jurista, a "resposta passa por dois eixos": a mudança de mentalidade nos países, para dizer aos cidadãos "que a versão que lhes foi dada não é a única possível" e, em segundo lugar, "temos de mostrar que somos uma força considerável, especialmente na construção de movimentos nacionais", e "mostrar capacidade de articular os temas dos quais somos pró", explicou. Wallach sacudiu os documentos da Rodada Uruguaia, que criou a Organização Mundial do Comércio (OMC) e afirmou: "Estas regras não servem, têm de ser modificadas". Em seguida, arremessou os documentos e foi aplaudida por mais de 2 mil espectadores.
AFP
mais notícias
|