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Fórum vira palco da campanha eleitoral de franceses e do PT

Sexta, 01 de fevereiro de 2002, 18h14


O 2º Fórum Social Mundial (FSM) em Porto Alegre se transformou em plataforma política para a esquerda, principalmente para a do Brasil e a França, os dois países com eleições presidenciais previstas para este ano. Os franceses chegam a transferir para a capital gaúcha o confronto doméstico. Três candidatos à sucessão de Lionel Jospin estão ou passaram por Porto Alegre.

Na marcha pela paz, ontem, o petista e presidenciável Luis Inácio Lula da Silva foi figura destacada, só não discursou. Mas hoje Lula está na programação de diversos debates. Um deles é um seminário sobre distribuição de riqueza. Outro petista, o senador Eduardo Suplicy, que disputa a preferência do partido para a eleição de outubro, lançou hoje seu livro sobre cxomo acabar com a pobreza.

"O político gosta de ir onde há muita gente. O Fórum é para os movimentos sociais e não permite a inscrição de representantes de partidos ou de governo, mas eles podem comparecer aos fóruns paralelos de prefeitos e parlamentares", disse Sérgio Haddad, presidente da Associação Brasileira de Organizações Não-governamentais (Abong) e um dos organizadores.

Lula participará em quatro seminários à margem do Fórum e, acompanhado da cúpula do partido, tem uma agitada agenda política em Porto Alegre. Tanto Porto Alegre como o Estado do Rio Grande do Sul, ambos chaves na organização do Fórum, são ao mesmo tempo vitrine do partido nas próximas eleições, por serem consideradas as mais arraigadas e bem-sucedidas experiências da administração desse que é o maior partido de oposição de esquerda, que nunca governou o Brasil.

"É bom que haja políticos no Fórum, porque significa que entram em nosso mundo das possibilidades, e não ficam apenas no seu. Mas participar é uma coisa, e outra é fazer uso eleitoral do Fórum. Sou contra isso", disse a professora Odilla Regina Borges, participante-ouvinte do Fóum.

A campanha eleitoral francesa se transferiu parcialmente para a capital gaúcha. Véspera da votação prevista para o começo da primavera, em março, nada menos que três candidatos ao lugar de Lionel Jospin passaram por Porto Alegre: o ministro Jean-Pierre Chevenement, do Movimento dos Cidadãos, Noël Mamere, dos Verdes e Olivier Besancenot, da Liga Comunista Revolucionária. Também vieram seis ministros franceses e o secretário nacional do Partido Socialista francês, François Hollande.

"Todos querem ser vistos em Porto Alegre, porque na França há um grande interesse nos movimentos sociais", justificou recentemente a vice-presidenta da organização francesa Associação para a Tributação de Tributações à Cidadania (Attac), Susan George.

"Há dois tipos de políticos franceses presentes. Os que nos anos passados lutaram contra o liberalismo e estiveram em todos os protestos até Gênova, e uma nova geração que compreendeu a força do movimento e veio para tentar fazer em 24 horas que todos esqueçam a política liberal que aplicam", disse Alain Krivine, deputado europeu da Liga Comunista Revolucionária.

Noël Mamere reconheceu que os movimentos sociais e Porto Alegre estão "na moda", mas justificou que "os verdes e os ecologistas historicamente têm dado apoio aos movimentos de luta contra a globalização neoliberal".

AFP

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