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MST quer atrair 20 milhões em plebiscito contra a Alca

Sexta, 01 de fevereiro de 2002, 12h43

Stédile (à dir.) com Bové (Foto Reuters)
A frente de briga dos camponeses e agricultores rurais no 2º Fórum Social Mundial (FSM) será a Área de Livre Comércio das Américas (Alca). Além de uma marcha, prevista para o dia 4 de fevereiro em Porto Alegre, o líder nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, articulou um plebiscito para saber se os brasileiros são contra ou à favor da Alca. A consulta será em setembro. Na capital gaúcha, a expectativa é por mais protestos durante o Fórum. Stédile faz suspense e diz à reportagem do Terra que a da natureza do francês José Bové chamar a atenção. A Via Campesina é a interlocutora de 87 organizações de trabalhadores do campo no mundo no 2º FSM.

Terra - O que os movimentos de camponeses e de trabalhadores rurais farão no Fórum Social Mundial?
João Pedro Stédile
- Os movimentos do Brasil e da América Latina aproveitarão o evento para discutir formas de articulação e luta que, certamente vão resultar em mais protestos, mais ocupação de terra e ampliação da ação contra os transgênicos.

Terra - Este ano o principal alvo dos movimentos é a criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). Como vocês tentarão impedir a implantação desse mercado?
Stédile
- Vamos fazer a Marcha contra a Alca no dia 4 de fevereiro aqui em Porto Alegre, uma iniciativa do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e de partidos de extrema esquerda, como o PSTU. Será a maior frente que já tivemos. O maior problema é que se os Estados Unidos conseguirem impor a Alca abrirão um novo processo de recolonização da nossa cultura. Na marcha, vamos lançar um plebiscito popular contra o mercado livre nas Américas. A consulta será de 1º a sete de setembro deste ano.

Terra - Como será a votação?
Stédile
- As urnas serão colocadas em todos os sindicatos e paróquias do país e queremos atingir mais de 20 milhões de eleitores para saber se os brasileiros são contra ou à favor da Alca.

Terra - Os trabalhadores rurais de todo o mundo tiveram avanço desde o 1º Fórum Social Mundial, ocorrido há um ano?
Stédile
- O maior salto foi a conclusão que o capitalismo, por meio de multinacionais, bancos e políticas de organismos financeiros, aplicam a mesms receita no mundo todo. Os camponeses do Moçambique, das Filipinas, Europa, Beirute sofrem os mesmos efeitos que nós. Unificamos a nossa luta que é de garantir a reforma agrária e a soberania alimentar para cada povo produzir seus alimentos.

Terra - E o ativitsa francês José Bové. Por onde ele passa deixa uma expectativa de protesto e confusão.
Stédile
- O Bové é um dirigente da Confederação Camponesa francesa, é um líder intermediário. A Imprensa é que cria expectativa.

Terra - Mas ele cria sua platéia também. Na primeira edição do FSM, foi a destruição da lavoura. Ele já invadiu filial da rede McDonald's na Europa.
Stédile
- É da natureza dele. Nós priorizamos a relação entre as organizações.

Terra - Pode se repetir alguma manifestação como a da queima de uma lavoura de transgêncios em 2001?
Stédile
- O impacto já está criado que é de ter juntado tanta gente para lutar contra a Alca.

Patrícia Comunello/Redação Terra

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