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Marcha pela paz atrai 65 mil em Porto Alegre

Quinta, 31 de janeiro de 2002, 17h51


Atualizada às 20h40

A marcha inaugural do 2º Fórum Mundial Mundial (FSM), em Porto Alegre, atraiu cerca de 65 mil, conforme a Brigada Militar (BM). A participação de militantes de organizações de 90 países foi três vezes maior que a edição da caminhada realizada em 2001. A marcha, que parou o Centro de Porto Alegre por duas horas, culminou com a abertura oficial do Fórum Social anunciada às 19h20min no Anfiteatro Pôr-do-Sol.

A mistura de causas e grupos dominou mais uma vez o ato, que ganhou de um dos organizadores do Fórum, o conceito de mais "qualificado politicamente" em relação ao de 2001. Christophe Aguiton, do comitê internacional do FSM, disse que os atentados terroristas de 2001 e o agravamento da crise no Oriente Médio deram mais combustível para a manifestação pela paz e contra as guerras.

O protesto de 80 punks, que a BM desvinculou da marcha, foi o único incidente do movimento no final do dia na capital gaúcha. O grupo montou, por volta de 18h, uma barricada na esquina das ruas Floriano Peixoto e Duque de Caxias, próximo ao Centro e em linha paralela ao local onde se desenrolava a marcha.

Os punks deitaram no chão e usaram paus, pedras e pneus para trancar a rua. Os policias militares conseguiram, sem confronto, convencer o grupo a desobstruir o local. Minutos antes, eles protestaram em frente à filial do McDonald's, na Rua dos Andradas, a mesma que foi alvo de ovos e tinta no Fórum de 2001.

A população de prédios situados ao longo do trajeto da caminhada foi às janelas e parou para assistir à mistura de gritos, cores e idiomas. Papéis picados não faltou enquanto o tempo colaborava em Porto Alegre. A chuva que caiu durante todo o dia deu trégua bem na hora do ato mundial.

A comissão de honra da marcha tinha o presidenciável Luis Inácio Lula da Silva, o presidente do PT, José Dirceu, o ex-presidente português Mario Soares, e o governador gaúcho Olívio Dutra, além de personalidade estrangeiras de diversos países.

Em meio à multidão, a líder do movimento argentino das Mães da Praça de Maio, Hebe Bonafini, aos 73 anos, estava incansável e denunciando o Fundo Monetário Internacional (FMI) e os Estados Unidos como culpados pela grave crise de seu país. "Energia não me falta. Sinto como se tivesse 20 anos", confessou Hebe, que só veio do FSM este ano porque as despesas foram pagas pelos organizadores.

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Patrícia Comunello/Direto de Porto Alegre

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