Thompson disse ainda que em todo o mundo o modelo neoliberal vigente exige que se trabalhe mais e se ganhe cada vez menos. "O Fórum Social Mundial é uma oportunidade de levantar a voz contra isso e dizer que já basta. Temos obrigação de dizer que queremos melhor tratamento", disse a líder trabalhista americana.

A representante da Federação esteve hoje com o governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra, para uma visita de cortesia e acentuar a união de todos os trabalhadores do mundo. A AFL/CIO é a única central sindical americana, com 13 milhões de filiados.

Na audiência, Olívio Dutra e Linda Chaves-Thompson falaram dos prejuízos que a Área de Livre Comércio para as Américas (Alca) pode causar para a economia dos países latino-americanos e para os trabalhadores em geral. "A proposta da Alca, como quer o governo norte-americano, é prejudicial para nós, os trabalhadores da América Latina, para a nossa indústria, e também para a agropecuária. Temos a convicção de que a Alca não pode ser uma impostura. Antes de aceitarmos a Alca temos que fortalecer e qualificar o Mercosul", disse Olívio.

"Também estamos contra a Alca porque Bush não defende os direitos trabalhistas", disse Linda, acompanhada por dois assessores que entregaram uma cópia da carta do presidente da Central enviada ao presidente Fernando Henrique Cardoso na qual pede profundas investigações sobre os assaninatos dos líderes trabalhistas de esquerda do país. Na correspondência, a entidade americana pede também proteção aos líderes progressistas do país em decorrência das mortes dos prefeitos das cidades paulistas de Santo André e Campinas.

O presidente de honra do Partido dos Trabalhadores (PT), Luiz Inácio Lula da Silva, que acompanharia Linda na audiência, não compareceu devido a outros compromissos de agenda.

Redação Terra

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