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A intervenção irônica do representante francês da Attac Bernard Cassen, que cobrou uma resposta de George Soros à pergunta feita anteriormente pelo empresário Oded Grajew, acirrou os ânimos no debate entre Davos e Porto Alegre. Cassen cobrou de Soros que o mundo fosse visto não do ponto de vista econômico, mas social.A resposta de Soros, de que os participantes de Davos não estavam ali para brigar, mas para dialogar, em busca de soluções, desencadeou uma participação exaltada da argentina Hebe de Bonafini, líder das Mães da Praça de Maio. "Responda a pergunta, senhor Soros! O senhor é um hipócrita! Quantas crianças vocês matam por dia? Vocês são hipócritas. Respondam! Não sorria, senhor Soros, olhe-me nos olhos se tem coragem!", bradou a militante. "Só posso sorrir. Estou tentando ter um diálogo com você, mas você não parece querer ter um diálogo comigo. Então, poderíamos interromper a conversa", replicou Soros. Os ânimos exaltados obrigaram o moderador a interferir, pedindo calma aos debatedores. Leia mais: » Repressão a manifestantes domina abertura de teleconferência » Porto Alegre questiona Davos sobre abismo social » Carta de Porto Alegre destaca políticas contra pobreza » Carta de Porto Alegre critica liberalismo » Debate via satélite concretiza disputa Davos x FSM
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